Trocando de roupa para o Banquete Nupcial

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Caminhada para o Céu

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Sem terapia nem remédio, menina de 3 anos supera isquemia cerebral por intercessão de futura santa espanhola.



 

Maria Isabel Gomes de Melo Gardelli (aos 15 e aos 3 anos de idade)
ROMA, 29 Fev. 12 / 09:12 am (ACI).- Em outubro próximo, os espanhóis celebrarão a canonização de uma nova santa: a religiosa catalã Carmen Salles e Barangueras, que subirá aos altares por sua intercessão na maravilhosa cura total de uma menina brasileira que teve uma isquemia cerebral aguda.

O milagre ocorreu em Sao Paulo (Brasil) no ano de 1999 quando a pequena Maria Isabel Gomes de Melo Gardelli, de três anos de idade sofreu uma isquemia cerebral aguda que a deixou paralizada, com o rosto deformado e sem esperanças de recuperação.

De pais médicos, a menina foi enviada à sua casa sem tratamento nem remédios, esperando um desenlace fatal. Foi então que tanto sua família, como seus companheiros do colégio Maria Imaculada de Sao Paulo, iniciaram uma Novena de oração à Madre Carmen Salles.

A Postuladora da Causa de Canonização, Madre Maria Assunção Valls Salip, explicou em uma entrevista concedida à ACI Prensa que no "quinto dia da Novena, foi quando se curou…a oração das crianças têm muita força".

Os médicos tinham descartado uma cura completa. Mesmo se tivesse recebido anos de terapia e tratamentos, os médicos deixaram claro que teria risco alto de epilepsia e outros sintomas secundários".

Ao longo de sua vida, a jovem passou pelo diagnóstico de 27 médicos e "realmente não  ficou absolutamente nenhuma sequela", explica a Madre Valls. Agora Maria Isabel tem 15 anos, e por sua beleza tem recebido ofertas para trabalhar como modelo.

"É uma aluna brilhante, com 8 e meio de nota média em todos seus estudos, com um caráter alegre, solidário, uma grande capacidade de compreensão, é uma aluna brilhante humanamente e intelectualmente", e "claro, não pode haver dúvida do milagre", explica a postuladora.

Uma ressonância magnética recente demonstra que no cérebro da jovem está ainda a cicatriz da isquemia e ninguém pode negar que sofreu este severo ataque cerebral, segundo explica a religiosa.

Futura santa

Carmen Salles, viveu entre 1848 e 1911, em plena revolução industrial. Inspirada pela Virgem Maria dedicou sua vida à promoção da mulher mediante a educação das meninas e fundou as Concepcionistas Missionárias da Ensino.

"Um bispo de Astorga que conheceu pessoalmente  Madre Carmen dizia em uma carta sua: ‘Muito boas, muito santas têm que ser as concepcionistas para serem dignas de Madre Carmen’. Então a canonização para nós  é como um desafio, um desafio de tratar de acercar-nos um pouco mais dela", acrescentou a postuladora.

A Beata Carmen Salles ascenderá aos altares no próximo 21 de outubro de 2012

Carmen Salles foi uma pioneira em seu tempo, porque trouxe à Igleja uma mensagem de igualdade entre o homem e a mulher sem esquecer que "todos têm que conhecer bem a autenticidade e o valor complementar dos dois sexos".

Seu carisma era missionário e de promoção da mulher entendendo  o ensino como uma elevação da dignidade.

"O objetivo era que a mulher pudesse intervir na sociedade dignamente tanto na família, como também na sociedade civil e por consequência, dentro da Igreja". A Beata "foi uma promotora da capacidade da mulher, inclusive dentro da Igreja ela tinha que dizer sua palavra, e a aprovação por parte de Roma da Congregação foi uma revitalização de algo que se discutia", porque "havia vezes que alguns homens não compreendiam dentro da mesma Igreja", mas ela "queria chegar a tudo o que se pudesse chegar sem traspassar os limites do sensato, do correto, do adequado… sempre dentro da Igreja".

Carmen Salles "conheceu a mulher prostituta e delinquente, e se perguntou o que teria sido delas se tivessem tido uma formação adequada. Sobretudo num  momento no qual a mulher na sociedade tinha muito poucas possibilidades de trabalho. Então, a inspiração lhe veio de olhar a Maria Imaculada: Maria, modelo de mulher, poupada pelo amor de Deus desde o primeiro momento".

Em 15 de março de 1998, Carmen Salles foi beatificada pelo Papa João Paulo II.

O milagre dessa época foi a cura de uma religiosa de sua  congregação que sofria de uma espondilite tuberculosa.

"Mal tinha as vértebras das costas, algumas já estavam  absolutamente destruídas, e durante a novena à Madre Carmen, no último dia, sentiu como se uma mão suave lhe passasse pelas costas. Assim explicava ela. Caiu-lhe o Rosário, se agachou, e se deu conta de que antes não podia fazer esse movimento. Tinham-lhe crescido vértebras novas como as de um criança. Claro, o milagre era muito evidente", explicou Madre Valls.

Agora, a espera de que chegue o dia da Canonização de sua fundadora, as religiosas Concepcionistas Misionárias do Ensino preparam a celebração sob o lema que tantas vezes repetiu em vida a Beata: "Adiante, sempre adiante, Deus providenciará"

Fonte: www.aciprensa.com

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Os aspectos mais importantes do que sucede no momento de morrer, a maneira de incrementar nosso conhecimento sobre isto e assim, conseguir obter uma maior tranquilidade em pensar no momento de nossa morte ou a de nossos seres queridos e alcançar uma diferente percepção da vida.




Vida após a morte.

Dra. Elisabeth Kubler-Ross

(Zúrich, 1926 - Scottsdale, Arizona, 2004).
Psiquiatra suiço-americana, uma das maiores especialistas mundiais no tema da morte

A Dra. Elisabeth Kubler-Ross (1926-2004) foi uma das primeiras pessoas em estudar honestamente a relação que temos com a morte. Ela foi uma das mais famosas especilistas na matéria da morte e trabalhou com milhares de pacientes terminais.

Estudou 20.000 casos de pessoas de todo o mundo que tinham sido declarados clinicamente mortos e que depois  regressaram à vida. Alguns naturalmente e outros foram reanimados.

Temos um resumo com suas próprias palavras, tirado de seu livro 'On Life After Death' sobre os aspectos mais importantes do que sucede  no momento de morrer, a maneira de incrementar nosso conhecimento sobre isto e assim, conseguir obter uma maior tranquilidade em pensar no momento de nossa morte ou a de nossos seres queridos e alcançar uma diferente percepção da vida.

“A experiência de morrer é quase idêntica à experiência do nascimento. É o nascer de uma forma diferente de existência a qual pode ser provada de forma muito simples.
Por milhares de anos te fizeram crer nas coisas do além. Mas para mim, não se trata de crer mas de saber”.

Existem três etapas no momento da morte. O falecimiento do corpo humano é idêntico ao que sucede quando uma mariposa emerge de seu casulo.
O casulo pode comparar-se com o corpo humano, mas não é idêntico ao teu ser real, mas  se trata somente da casa onde se vive por um tempo.
Morrer é mudar de uma casa para outra muito mais linda.

Logo que o casulo se encontra em condições irreparáveis, a mariposa será libertada.
Nesta segunda etapa, o ser humano se alimenta de energia psíquica. Logo que a alma deixa o corpo, se dá conta imediatamente de que consegue perceber tudo o que acontece no lugar onde faleceu.
No entanto, não se encontra registrando todos estes eventos mediante sua conciência terrena, mas com outra classe de conciência nova.
 Pode inteirar-se do que os demais dizem perfeitamente, do que pensam e de como agem.

Nesta segunda etapa o que falecido também se dará conta de que se encontra completo novamente.
Pessoas que eram cegas, podem ver de novo, e pessoas que não podiam escutar e falar, podem fazê-lo outra vez. Aqueles  meus pacientes que sofriam de esclerose múltipla, me diziam estarem cheios de alegria depois  que regressavam de uma experiência perto da morte "Dra. Ross, podia dançar de novo".
Tivemos um experimento com pessoas cegas: Aquelas que tiveram uma experiência "fora de seu corpo" e regressavam, podiam contar em detalhes as cores e as jóias que levavam as pessoas que estavam presente no momento

Nesta segunda etapa notarás que ninguém morre só.
Quando alguém deixa seu corpo físico,  não pode mais falar  em termos do tempo, espaço ou distância no sentido comum porque isto é um fenômeno temporal.
Neste sentido,  se dá conta de que ninguém morre só porque o defunto é capaz de visitar  quem deseja.
Também, existem pessoas esperando pelos que faleceram antes que nós, quem te quer e gosta bastante.

O que a igreja lhes ensina às crianças pequenas sobre os anjos da guarda está baseado  num fato. Existem provas de que cada ser humano, desde seu nascimento até sua morte, é guiado por uma entidade espiritual. Todos temos esse guia espiritual, creiamos nele ou não. Algumas crianças pequenas os conhecem como "amigos imaginários".

Uma paciente minha, já anciã chegou a dizer-me: "Ele está de novo aqui. Quando era criança, ele estava sempre comigo, mas tinha esquecido completamente de que existia".
Ela faleceu um dia depois, cheia de graça sabendo que alguém que a queria a estava esperando…

Em geral, as pessoas que estão esperando por nós no outro lado que são aqueles que mais nos amam.
Nos casos de crianças muito pequenas, cujos pais, avós e outros parentes de perto ainda vivem, são recebidas por seus anjos da guarda, ou por Jesus ou alguma outra figura religiosa.
Nunca conheci nenhuma criança protestante que seja recebida pela Virgem Maria, mas  foi percebida por muitas crianças católicas.
Isto não é por questão de discriminação, mas porque simplesmente és recebido por pessoas significativas para ti.

Antes de que saias de teu corpo físico para realizar a metamorfose até a forma que terás por toda a eternidade, passas por uma etapa que se encontra totalmente impregnada con imagens terrenas.
Pode ser que te encontres flutuando através de um túnel, passando por uma grande porta ou cruzando uma ponte.
Todos encontram o céu que imaginaram.

Depois  que atravessastes este túnel , ponte ou porta, te encontras no final dele rodeado por luz.
Esta luz é mais branca que o blanco. É muito brilhante, e cada vez que te aproximas mais  dela, te sentes mais e mais envolto pelo maior, indescritível e incondicional amor que tenhas podido imaginar.

Se alguém está tendo uma experiência perto da morte, lhe é permitido ver esta luz só por um breve instante. Depois disto, deve regressar. Mas quando morres realmente, a conexão entre o casulo e a mariposa se rompe.

Depois disto, não é possível regressar ao teu corpo terreno. Mas tu não querias regressar a ele de qualquer maneira, porque depois de ver a luz ninguém quer regressar. Nesta luz, tu experimentarás pela primeira vez o que o homem poderia ter sido. Aqui encontrarás entendimento sem julgar, e amor incondicional.

Nesta presença, tu saberás que toda tua vida na terra não foi mais que uma escola que tiveste que assistir para poder passar certas povas e aprender lições especiais.

Logo que finalizastes esta escola e aprendeste tuas lições, será permitido que regresses para casa, que te gradues!

Algumas pessoas perguntam: "Por que morrem as crianças pequenas?"

A resposta é simples.

Eles aprenderam num período muito curto o que  temos que aprender, que podem ser diferentes coisas.

Há uma coisa que todos tem que aprender antes de regressar  e é o amor incondicional.

Se tu aprendestes e pratica isto,  aprendestes a maior lição de todas.

Nesta presença de luz, tens que voltar para ver o que foi  tua vida desde o primeiro dia até o último.
Com esta visualização de tua vida alcançastes a terceira etapa.
Conhecerás em detalhe cada pensamento que tiveste, recordarás cada palavra, cada ação.

Esta recapitulação é só uma pequena parte de teu conhecimento porque neste momento também conhecerás todas as consequências resultantes de cada um de teus pensamentos, palavras e ações.

Deus é amor incondicional. Durante esta revisão de tua vida terrena não culparás a Deus por teu destino, mas  te darás conta de que tu mesmo foste teu pior inimigo, devido ao fato que te acusarás a ti mesmo de ter-se negado tantas oportunidades para crescer.


Elisabeth Kübler-Ross




Agora saberás que faz muit tempo, quando tua casa se queimou, teu filho morreu, teu esposo se machucou, todas essas tragédias foram somente oportunidades para crescer: para crescer em entendimento, em amor, em todas essas coisas que temos que aprender.

Todos fomos criados para viver uma muito simples, bela e maravilhosa vida. Mei maior  desejo é que comeces a ver a vida de maneira diferente.

Se aceitas tua vida como algo para que foste criado,  não voltarás a questionar quais as vidas que são prolongadas e quais não.

Meu desejo é transmitir à quantas pessoas seja possível um pouco mais de amor.

Pensa em todos os presentes caros que ganhastes no Navidad, realmente duvido que seja necessário… Amor incondicional seria mais apropriado.

Existem 20 milhões de crianças morrendo de fome no mundo. Pensa em todas a pessoas pobres…

Reparte tuas bênçãos…desta maneira, quando as tormentas açoitam tua vida, pensa naquelas pessoas que ajudaste como um presente para ti mesmo…por toda a fortaleza que te deram e os ensinamentos que te transmitiram.”

Bibliografia:
Küubler-Ross, Elisabeth.
On Life after Death.
Ed. Celestial Arts. U. S. A: 1991.
Págs: 2-14.
Fonte:


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Você cuida de sua alma? Você deixa Deus para depois? Depois de Quê?

   Extraído de Homilia do Padre Antônio Rocha
 


Cometemos nossos pecados e podemos nos arrepender e ser perdoados, mas temos que pagar nossa dívida. Por exemplo: um patrão tinha um empregado que lhe roubava dinheiro, descobrindo, mandou-o embora. Depois o empregado lhe pediu perdão. O patrão perdoou, mas disse que ele teria que pagar a sua dívida.


Assim é nossa vida. E é para isso que existe purgatório. As almas do purgatório são santas, mas só verão a Deus quando se purificarem e acabarem de pagar sua dívida.


É você quem escolhe como pagar a sua dívida; aqui na terra ou lá no purgatório. Deus julgará a nossa alma de acordo com o livro de nossa vida. O livro que escrevemos mesmo sem querer escrever; pelas nossas ações, omissões, pensamentos e palavras, lembrando-nos que seremos julgados da mesma maneira como julgarmos  os outros e perdoados da mesma maneira que perdoarmos.


Por isso, antes de criticarmos alguém, devemos olhar os nossos próprios erros. Só podemos dizer: "Que o Senhor seja o seu juiz e o corrija".


Aqui na terra podemos pagar a nossa dívida com Deus por meio de penitência, jejum, assistir à Missa, oração e principalmente não encarar qualquer sofrimento ou sacrifício diário como castigo e sim como uma graça, uma oportunidade de purificarmos a nossa alma e pagarmos a nossa dívida, para mais rapidamente ver nosso Deus.


Não devemos nos preocupar demais com as coisas do nosso plano terrestre e achar que o pecado sempre existirá e que isso é uma coisa natural. Deus quer que nos santifiquemos aqui nesta vida. Mas nem por isso devemos ser padres ou freiras. É só sabermos o que fazer, o que devemos falar e pensar, para onde devemos olhar, o que devemos escutar.


É preciso educar a nossa maneira de ser, é para isso que existe a Igreja, a Bíblia e o padre para nos aconselhar e orientar.


A nossa vida é passageira, cada um tem seu tempo, não é uma questão de idade. Por isso não devemos chorar diante da morte. Devemos nos voltar para Deus, para nossa vida eterna e para o plano sobrenatural, certos de que Deus nos ama e nos quer ao seu lado. 


Essa é a doutrina que o próprio Filho de Deus Jesus nos ensinou e deixou, não de um homem comum como qualquer um de nós.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Os pais de hoje são demasiado democratas.


 

O autoritarismo é tão pernicioso como a ausência de autoridade:
há situações nas quais os pais devem saber dizer: Não! E que esse "não" seja inegociável, firme, dogma. Os padres devem ter a autoridade de impor quando algo não vai bem. E não ceder nessas coisas importantes. Isso faz o pai excelente aos olhos do filho. Os pais se passam hoje como democratas...

Conheci  Andrea Fiorenza faz um par de anos, e me deslumbrou sua sutileza no trato dos conflitos da psique humana. Especializou-se no emaranhado cosmos da família, nos problemas dos filhos. Resolve-os de modo que parece mágico, mas não o é: aplica os princípios da terapia breve estratégica. É breve porque resolve os problemas em um curto espaço de tempo, em poucas sessões; é estratégica porque os aborda promovendo mudanças colaterais, aparentemente longe do problema central... Mas uma pequena mudança desencadeia outras.

-Sobre os filhos: o que  é o que mais preocupa hoje os pais?
-Seu rendimento escolar e suas companhias.

-O mesmo que sempre tem preocupado, não?
-Não: antes os padres não estavam tão preocupados com seus filhos. Agora estão focados neles!

-O que tem causado tal mudança?
-Uma mudança radical da organização social: antes era mais hierárquica, piramidal, e por isso tinha maior distância emocional entre pais e filhos. Na geração anterior à sua e a minha, os filhos se dirigiam aos pais de 'senhor'(a). Mas hoje a organização social é menos hierárquica, é mais horizontal, democrática. Há maior proximidade emocional e, por isso, menor solidez dos papéis de pai e de filho. A confusão de papéis causa disfunções: o pai atua quase como amigo do filho, os filhos atuam quase como pais de seus pais. Os filhos aconselham  seus pais como vestir-se, e os pais obedecem, ou os filhos decidem as férias de verão de toda a família.

-Porque há diálogo: bem, não?
-Se só há diálogo... não basta para que tudo funcione bem. Falta autoridade. Se tudo é relativo e dialogável, o filho perde pontos sólidos de referência, fica sem direção, e isso lhe gera ansiedade. É inevitável. A autoridade é necessária.

-Não exagera?
-Não. O autoritarismo é tão pernicioso como a ausência de autoridade: há situações nas quais os pais devem saber dizer: Não! E que esse "não" seja inegociável, firme, dogma. Os pais devem ter autoridade de impor quando algo não vai bem. E não ceder nessas coisas importantes. Isso faz o pai parecer excelente aos olhos do filho. Os pais são hoje muito democratas. Tanta democracia familiar cria disfunções de conduta. Eu dou mil horas de terapia por ano faz vinte anos. E cada dia vejo mais problemas derivados de pais demasiado focados em seus filhos... e tudo porque querem que sejam perfeitos. Vejo casos de pais que pedem trocas de horário de trabalho em sua empresa para estar em casa e fazer os deveres escolares com seus filhos. Isso não é ajudar-lhes! Fazem os deveres com seus filhos ou seja, os fazem eles, os pais. Quando vêm esses pais ao meu consultório, lhes pergunto:  Como foi este mês? Aprovaram-te ou te  suspenderam? A qual universidade irás com teu filho? O problema é que os pais não aceitam a idéia de que seu filho possa ir mal na escola. E intervêm eles. E, ao intervir,  não incentivam  seu filho: o menino  se acomoda a isso, não desenvolve sua capacidade de iniciativa, de reação diante das  dificuldades, de capacidade de esforço... Um desastre!

-Tenho filhos pequenos. Como devo atuar para não acabar assim?
-Sem sustituir a criança. Se o faz, só conseguirá anular-lhe. O princípio geral no trato com seus filhos deveria ser este: Observá-lo sem intervir, ter paciência, dar-lhe tempo, esperar  que ele sozinho ache as soluções aos problemas. Mas sem dizer-le: Seja responsável. Isso é anti-natural. Só dê-lhe tempo para que seja ele que, chegada a situação, lhe peça ajuda. Se ages antes, tira seu ânimo, sua vontade. A boa intenção dos pais só prejudica os filhos. Querem fomentar sua auto-estima, e ficam obcecados demasiado: a ver, todos temos maior grau de auto-estima em uns aspectos e menor em outros, não? Pois fiquem tranquilos!

-Suas terapias devem ser muito solicitadas nas escolas.
-Se em classe um professor pergunta: Quem sabe em que ano se descobriu a América? Uns levantarão a mão e outros não. Creio que é melhor dizer-lhes: Escrevam todos num papelzinho o ano do descobrimento da América. Quando o fizerem, o professor diz: 1492. Aquele que acertou, confirmará que sabia, e o que não acertou, constatará seu erro, e o recordará.

-Isso em classe. Mas, e em casa?
-Diga à criança: Concedo-te meia hora para os deveres, ou para estudar, e só meia hora! Das 19 às 19,30 horas, por exemplo. Com despertador: quando se completou o tempo,  acabou. Fim. Os limites dão valor ao que sucede dentro deles.

- Tratou algum caso real assim? Com êxito?
-Certo menino tinha dificuldades de atenção. Dedicava duas horas cada tarde ao estudo, com muito poucos frutos. Ordenei-lhe: Só meia hora de estudo, com aviso de um despertador! Depois, nada de estudar: estás livre. Rendia mais nessa meia hora que antes em duas horas. Pouco depois, me rogava que lhe ampliasse um pouco o espaço de tempo.

-Conte-me algum caso que tenha atendido recentemente.
-O de um menino de nove anos que gaguejava: seu pai o levou aos melhores especialistas de toda Itália... e o menino piorava. Determinei que deixassem de levá-lo a especialistas e de submetê-lo a exercícios. Porque a atenção dos pais, o sentir-se tão observado por eles, o bloqueava mais e mais. Não lhe digais nada sobre isso, lhes ordenei. E aí começou a melhora do menino. Há uma história que ilustra este caso: uma centopéia caminhava sem problemas até que uma lagarta lhe disse: É incrível como caminhas tão bem sem tropeçar, com tantos pés! A centopéia começou a prestar atenção aos seus pés e a querer controlá-los e tropeçou! Isso acontecia com esse menino. O que era só um pequeno problema no princípio se tratou mal... e acabou convertendo-se em gagueira. Se tentas controlar a linguagem,  bloqueia... Depois estabeleci só 15 minutos ao dia de exercícios controlados. No resto do tempo, nada.

-O mal dos filhos é que não obedecem...
-Porque se dão ordens mal. Tem que ser claros os objetivos. Os pais são muito confusos em seus objetivos: querem que seus filhos se portem bem e estejam contentes. Que objetivos tão difusos! Aconselho três objetivos claros, capitais. Um: que a criança cumpra suas obrigações (assear-se, ir à escola...); dois: que respeite os pais (não insultá-los nem ofendê-los), e três: que colabore na comunidade familiar ( servir a mesa,  fazer camas... Que se sinta parte do grupo, com seus direitos e obrigações). Basta  ter claro isto. Os pais querem que os filhos façam tudo com gosto, inclusive coisas que desgostam, e isso é impossível. Ninguém gosta de fazer certas coisas. Mas há que fazê-las! Atravessar dificuldades estimula a criança,  ajuda a crescer bem. Oxalá seu filho tenha alguma dificuldade cada dia! E, se não, ponha-lhe você uma diariamente.

-Você intitula seu livro: "Crianças e adolescentes difíceis". O que é ser difícil?
-Explico que é uma etiqueta que se lhes põe: não existen crianças ou adolescentes difíceis, más, enfermas... Só disfunções relacionadas. Ao querer curar ou controlar a criança difícil, o problema inicial piora. E disfunções leves se convertem em pouco tempo em problemas complicados.

-Que fazer quando surge esse problema simples?
-Eu localizo em que ponto se bloqueou a relação familiar, e introduzo aí uma pequena mudança de comportamento. Esta pequena mudança relacionada desencadeará uma cadeia de mudanças que fará que o conflito se dissolva só.

-Um exemplo.
-Luca era um menino que cada manhã chorava ao ir ao colégio, com as consequentes cenas de separação dramática diante da porta da escola. A mãe, de noite, lhe perguntava de seus medos, lhe dava ânimos. O pai, pela manhã, no carro, tentava tranquilizá-lo,  prestava-lhe muita atenção... Ordenei-lhes isto: Deveis começar a agir como se vosso filho não chorasse de manhã, como se tudo fosse bem. E lhes disse que, pela manhã, em casa, dissessem ao menino: Querido Luca, para ti queixar-te é muito importante, e por isso te pedimos que o faças agora, durante 15 minutos. Estaremos aqui calados, escutando-te. Por favor, comece a chorar. A criança respondeu que não tinha vontade de chorar, que queria brincar, e a chegar ao colégio foi correndo  sozinho escadas acima. Só introduzi uma pequena mudança relacionada a pais-filho. Quando depois perguntei aos pais: Que deveríeis fazer agora para estragar esta conquista? Falaram muito claro: Voltar a prestar a Luca todas as atenções e a tranquilizá-lo como antes, a comportar-nos com ele como se fosse ter medo de separar-se de nós. Entenderam-no. Caso resolvido.

Fonte:
http://www.solidaridad.net/vernoticia.asp?noticia=2457

Fonte: www.aciprensa.com

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Casal espanhol "surpreso e abençoado" por vocação religiosa de suas cinco filhas



  

Alejandro Ripoll e Imaculada Sanchez (foto ACI Prensa)

ROMA, 26 Outubro 11 / 04:09 pm (ACI/EWTN Notícias).- Imaculada Sanchez e Alejandro Ripoll têm cinco filhas que  abraçaram a vida consagrada como religiosas do novo instituto de vida contemplativa "Iesu Communio" (Jesus Comunhão).

Estes pais espanhóis asseguram que  receberam a consagração de filhas como uma verdadeira bênção.

Em uma entrevista concedida à ACI Prensa, o casalexpressou sua felicidade por ter cinco filhas religiosas.

"Isto é como quando um filho se casa. O que você quer é tê-los ao seu redor, perto, mas cada um tem que levar seu estudo, igual a um  filho que se casa e não tem que intervir em sua história, aqui é em um convento, mas tem um segredo especial. E o segredo é que com cada uma e com cada consagração Deus derrama uns dons impressionantes na família, e portanto é uma bênção", afirmou Alejandro.

Sóror Jordan, Sóror Amada de Jesus, Sóror Francesca, Sóror Ruth, e Sóror Nazaré, têm entre 20 e 28 anos de idade e são  cinco irmãs de sangue que compartilham sua vida dentro de "Iesu Communio" (Jesus Comunhão), a nova comunidade de clausura que surgiu das clarissas de Lerma na Espanha e que surpreendeu ao mundo com uma explosão de vocações.

"Porém os primeiros sorpreendidos somos nós e a  Igreja. Que numa família se dêem cinco vocações a um convento de clausura creio que desde Teresa de Lisieux não se tinha dado", considerou Imaculada.

De um total de sete irmãos, as cinco jovens decidiram ingressar no mesmo instituto religioso, onde três já são consagradas e as outras duas são noviças.

Cada história de vocação foi algo pessoal e único, cada uma "teve uma história de muitos anos nos quais se deram encontros com o Santo Padre desde João Paulo II. Cada uma foi um processo distinto, porque entre elas são muito diferentes", explicou o pai à ACI Prensa.

Imaculada e Alejandro visitaram Roma para participar do encontro "Novos evangelizadores para a nova evangelização" que celebraram no Vaticano em 15 de outubro com a intervenção do Papa Bento XVI e de Sóror Verônica, a fundadora e Superiora Geral de 'Iesu Communio'.

"O que fazemos nós com o Santo Padre numa reunião no centro do coração da Igreja? Quem somos nós? Isto é um presente de Deus, mais uma graça deste instituto", afirmou Alejandro.

A vocação de nossas filhas só pode ter uma explicação divina, "a  Igreja está surpresa e esperando", mas nisto "os primeiros transbordados  somos nós. Explicação humana não têm", acrescentou Imaculada.