Trocando de roupa para o Banquete Nupcial

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Caminhada para o Céu

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Começou a ceder em 1930, e colaborou docilmente até Pearl Harbor. Quando Hollywood cedeu à pressão dos nazistas, e inclusive colaborava com dinheiro.

 ReligionenLibertad.com

Cuando Hollywood se plegaba a las presiones de los nazis, e incluso colaboraba por dinero
Começou a ceder em 1930, e colaborou docilmente até Pearl Harbor.
Quando Hollywood cedeu à pressão dos nazistas, e inclusive colaborava com dinheiro


Cena de 'Sem Novidade no Front', de 1930, quando os nazistas ainda não governavam, mas a Universal cedeu diante de atos  desordeiros de ativistas e protestos de Goebbels, um mero deputado...

Riccardo Michelucci / Avvenire- 8 dezembro 2013-religionenlibertad.com

 Que papel teve a indústria cinematográfica de Hollywood frente a  irrefreável   ascensão do nazismo na Alemanha?

O que era nessa época o meio de comunicação mais poderoso do mundo,  se limitou a fechar os olhos ou foi mais além, estabelecendo um pacto com o Diabo contanto que salvaguardasse os próprios interesses comerciais?

A influência do governo alemão na indústria cinematográfica americana, nos anos que precederam o estouro da Segunda Guerra Mundial, já tinha sido investigada no passado pelos historiadores, mas nunca antes como agora se tinham revelado detalhes escabrosos como os que se contam em um ensaio recém publicado nos Estados Unidos.

A palavra chave: "colaboração"
Zusammenarbeit, literalmente "colaboração", é o termo recorrente em muitos documentos oficiais inéditos até agora, e que Ben Urwand, jovem investigador de Harvard,  encontrou  nos arquivos alemães e americanos.

Sua investigação, recolhida no recente volume  'The Collaboration'. 'Hollywood’s Pact with Hitler' (“A colaboração. O pacto de Hollywood com Hitler), o empurru a afirmar que as relações nestes anos entre Hollywood e o Terceiro Reich foram muito mais profundas e duradouras do que até agora  contaram os historiadores.

Um protesto local, uma censura mundial
A Universal Pictures foi a primeira a ceder às pressões nazistas, modificando em chave pró-alemã a versão original de “Sem novidade no front”.

Tudo começou em 5 de dezembro de 1930, quando Joseph Goebbels, nesse momento um simples deputado no Reichstag [Hitler não chegaria ao poder até 1933], dirigiu um  violento protesto dentro de um cinema de Berlim durante a estreia do   filme baseado na célebre novela de Erich Maria Remarque.

Segundo os nazistas, o filme ofendia os soldados alemães em retirada durante a Grande Guerra, e por isto obrigaram a interromper a projeção gritando e soltando  ratos na sala até que todos os espectadores fugissem.

Alguns dias depois, a Comissão de Censura proibiu o filme e obrigou o produtor, o judeu Carl Laemmle da Universal, a cortar e modificar drasticamente as cópias que já estavam em circulação em todo o mundo.



Nesses anos, o sucesso dos filmes americanos dependia em boa parte do mercado alemão e, por este motivo, muitos filmes começaram a cair debaixo da obscuridade da censura nazista, que se estendeu além das fronteiras alemãs.

Todos os estúdios cederam diante de Hitler
Com a ascensão de Hitler ao poder em 1933, os estudos se dobraram um atrás do outro ao desejo do Reich: desde a Fox   à RKO, passando pela MGM e a 20th Century Fox.

Urwand afirma que pelo menos uns vinte filmes rodados para o público americano sofreram grandes modificações, ou inclusive foram retirados por pressão dos nazistas, que pretenderam também o afastamento dos atores judeus dos elencos.

Georg Gyssling, cônsul alemão em Los Angeles até o ano de 1941 teve um papel muito importante em tudo isto: ele obrigou os produtores a aceitar o artigo 15 do regulamento cinematográfico alemão, segundo o qual na Alemanha se proibiam em bloco todos os filmes de produtores que tivessem distribuído no mundo um só filme desagradável para o Reich.

Filmes contra o anti-semitismo?  Nem falar!
Os diretores e roteiristas se viram forçados a fazer acordo dos seus trabalhos com o mesmo Gyssling, começando por Herman Mankiewics, o autor que antes de colaborar com Orson Welles na direção guion de 'Cidadão Kane' foi obrigado a interromper a elaboração de 'The Mad Dog of Europe' (O cachorro louco da Europa), um filme que denunciava o anti-semitismo de Hitler, e que por este motivo não foi nunca rodado.

Porém o livro de Urwand vai mais além, pondo em dúvida inclusive o papel dos irmãos judeus Harry e Jack Warner, os fundadores da mítica Warner Bros, até agora acreditados por um arriscado compromisso pessoal em chave antinazista.

O estudioso de Harvard afirma que foram precisamente eles que apagaram a palavra "judeu" dos diálogos do filme 'A vida de Emile Zola', satisfazendo solicitamente todos as ordens dos funcionários do Reich, que tinham se submetido a um estrito controle de seus filmes.

Segundo a inquietante, mas muito detalhada reconstrução de Urwand tudo, inclusive depois dos terríveis massacres de "Noite dos cristais quebrados" de 1938, foi sacrificado em causa dos interesses econômicos das principais produtoras de cinema, as quais não receberam só  benefícios em termos de arrecadação de bilheteria.

Na MGM, a Paramount e a 20th Century Fox se permitiu inclusive dar  a volta à lei alemã, que nessa época proibia as empresas estrangeiras de exportar seus benefícios em divisas.

«O conseguiram porque tinham convertido seu dinheiro em algumas empresas vinculadas à indústria armamentística alemã – explica Urwand – convertendo-se assim, para todos os efeitos, em financiadores da máquina bélica do Reich».

O Zusammenarbeit terminou só  em finais de 1941, com o ataque a Pearl Harbour e a entrada na guerra dos Estados Unidos.



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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Rico, jovem e com poder, o Príncipe Félix não era feliz… agora fala da fé em suas conferências.

ReligionenLibertad.com

Rico, joven y con poder, el Príncipe Félix no era feliz… ahora habla de la fe en sus conferencias
Católico e especialista em Bioética

Rico, jovem e com poder, o Príncipe Félix não era feliz… agora fala da fé em suas conferências

O segundo na linha sucessória em Luxemburgo acabou estudando no Pontifício Ateneu Regina Apostolorum. Agora é um especialista em Bioética.

Javier Lozano / ReL - 5 maio 2013 -religionenlibertad.com

Em um momento em  que a juventude é a vítima principal da secularização e  vai se estendendo a todas  as camadas sociais , ver  um Príncipe falando sem complexo  da fé e do debate entre esta e a razão mostra que ainda existe muitoo jovem que se pergunta, que se interroga sobre a vida, sobre o porque e para que e vai em busca destas respostas.

Atualmente há na Europa cinco casas reais católicas. Espanha, Bélgica, Luxemburgo e Liechtenstein e Mônaco. No entanto,   na prática, atualmente só  o grão duque de Luxemburgo   arriscou seu trono e sua posição por uma questão de consciência.

É amplamente conhecida a oposição pública e frontal da Casa Real de Luxemburgo ao aborto e à eutanásia. De fato, em 2008 o grão duque Henry anunciou que como chefe de Estado se negaria a firmar a lei aprovada nas Cortes  que aprovava a eutanásia. A consequência de sua corajosa decisão foi que o Governo  limitou desde então seus poderes para que não voltasse a estorvar em uma situação similar. O certo é que sua assinatura não chegou a estar nunca nesta lei pois agiu como seu tio, Balduíno da Bélgica, e se declarou incapaz temporalmente de exercer suas funções.

Buscando resposta à suas perguntas

O teor desta atuação concreta não é de estranhar que seus cinco filhos levem a importância dos valores e da fé em sua vida. Particularmente preocupado por isto se pode ver o Príncipe Félix, segundo filho do grão duque, de 28 anos.

Bonito, com fama e com um trabalho muito bem remunerado   numa multinacional não deixava de se fazer perguntas. Não era por aí  onde queria focar sua vida. Atraído pela beleza da filosofia deixou seu trabalho e decidiu estudar Bioética em Roma e no seio da Igreja Católica, concretamente no Pontifício Ateneu Regina Apostolorum. Desde então, está fascinado com esta nova faceta de sua vida.


O príncipe Félix foi no mês de março à Universidade Católica de Valência para dissertar sobre a ‘Necessidade do estudo da Bioética, diante dos desafios  atuais’, uma conferência que se  marcou nas Jornadas ‘Evangelho e Ecologia’. Antes do ato foi recebido em audiência pelo arcebispo de Valência, monsenhor Carlos Osoro, com o qual manteve uma longa conversa.

“A fé ajuda a ciência a compreender”
Durante a palestra falou como especialista na matéria mas também de  sua experiência pessoal, o que permite entender sua evolução. Falou da relação entre Biologia, Fé e Bioética. O segundo na linha sucessória ao trono assegurou que sem bem que não é indispensável ter fé para estudar Bioética “mas amplia o tratado por esta ciência. Temos de ser conscientes de que existem coisas que a ciência jamais poderá explicar e que a fé pode ajudar a compreender aspectos que a ciência trata de entender”.

Seguindo com isto, o príncipe centro-europeu indicou  que “o mais importante que me  apontou o estudo da Bioética é que seu centro é o ser humano. Primeiro estuda o detalhe científico, depois vem a Filosofia, que interpreta o fato biológico. Se alguém só  estuda Biologia não vê na pessoa  um ser humano mas sua parte material, e o homem não é só  matéria, possui espiritualidade”.

Por isso, acrescentou que “a Biologia e a Filosofia estão conectadas e não podem se separar; se o fizer, tem um problema. Inclusive se estudar só  o imaterial filosoficamente não vai chegar  a nada”.
 
“Com a filosofia aprendi a raciocinar”

Após falar sobre esta relação, o príncipe Félix também se abriu e de  seu âmbito pessoal explicou o caminho que o levou a encontrar esta senda. “Antes não  dava importância à Filosofia. De fato, se alguém me tivesse dito há alguns anos que ia   estudá-la teria me acabado de rir. Não entendia o conceito ao que se referia o termo filosofia mas desde que comecei a estudá-la,  me abriram os olhos e meu horizonte. Aprendi a raciocinar, a pensar de outra maneira completamente distinta e a debater”.

E com isso mudou seu estilo de vida também. “Há quatro anos me encontrava trabalhando para uma empresa de gestão de eventos, um trabalho estupendo, mas ainda não sabia o que fazer com minha vida, não era  suficientemente maduro”, contava.

No relato de sua vida, o jovem príncipe afirmava que “minhas prioridades, a princípio se dirigiam a ganhar um salário para ser independente e esse pensamento  levou adiante o que eu realmente desejava fazer para ser feliz. Percebi quatro anos depois de começar a trabalhar e comecei a fazer-me perguntas com maior profundidade. O amadurecimento necessário para tomar a decisão de estudar Bioética chegou bastante tarde, quando tinha 25 anos. Nesse momento percebi que, na realidade, queria algo mais em minha vida do que trabalhar na gestão de eventos”.

Seu carinho ao Papa e seu casamento

Esta é a história de um jovem que apesar de seus títulos e ascendência não deixa de pensar e planejar  coisas que nem o dinheiro nem o poder podem dar. Como, apesar de sua situação é uma pessoa que se  mantém simples. No próximo mês de setembro se casará com uma jovem alemã, seu par  desde o instituto e que também quis estudar Bioética.

A catolicidade da família real luxemburguesa é conhecida mas Félix  destacou nos últimos meses por querer acompanhar  seus pais ao Vaticano. A renúncia de Bento XVI e a escolha de Francisco   levou a Roma uma multidão de chefes de Governo e de Estado. Junto a seus pais e seu irmão mais velho, o príncipe quis  despedir de Bento mesmo que a surpresa fosse maior quando também quis  estar presente no início do Pontificado do Papa Francisco. Pois em Roma, Félix encontrou seu caminho.



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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Captain Phillips, o novo filme de Tom Hanks, retrata heroísmo do marinheiro católico.

aci prensa.com


VÍDEO: Captain Phillips, o novo filme de Tom Hanks, retrata heroísmo do marinheiro católico


WASHINGTON D.C., 20 Oct. 13  (ACI/EWTN Notícias).- Faz uns dias  estreou nos Estados Unidos o filme “Captain Phillips”, um intenso thriller baseado em fatos reais que narra o resgate do capitão de um barco cargueiro sequestrado por piratas no ano de 2009 na costa somali e retrata o heroísmo do comandante Francis Xavier Castellano, que assegura que sua fé católica o ajudou nessa dura prova.

Castellano esteve no comando do destróier USS Bainbridge, um navio de guerra americano, durante  a operação de sucesso que culminou em 12 de abril de 2009, na noite do domingo de Páscoa.

A história

O cargueiro Maersk Alabama foi sequestrado em 9 de abril de 2009. O capitão Richard Phillips –interpretado por Tom Hanks- salvou  sua tripulação e seu barco se entregando  como refém aos delinquentes. Os sequestradores armados com metralhadoras AK- 47 abandonaram o barco a bordo de um bote salva-vidas e durante três dias o mantiveram cativo.

O comandante Castellano –interpretado por Yul Vazquez– a bordo do navio Bainbridge perseguiu os piratas, entabulou comunicação com eles e tratou de acalmá-los. A tensão durou 72 horas.

Castellano, um ex-coroinha que agora serve como guia, leitor e ministro extraordinário da Comunhão, assegura que sua fé o ajudou nesse difícil momento.

"Não necessitas ser capitão de um navio de guerra, presidente de uma empresa ou algo do estilo para ser um herói”, expressou Castellano em uma entrevista aos Cavaleiros de Colombo.

“Cada dia podemos fazer algo, pouco a pouco, para seguir adiante e mostrar traços heróicos, somente sendo autênticos, homens católicos, homens de fé”.

“Creio que todos os pais são heróis para suas famílias”, disse Castellano.

“Seus filhos e esposas os admiram. Penso que nosso chamado ao heroísmo na vida cotidiana significa sermos membros permanentes da comunidade, defender o que cremos, sermos modelos a seguir como pais, e modelos a seguir para a comunidade, ajudando os mais necessitados e entregando-lhes nosso tempo".

“Ser pai é algo muito importante junto com as obrigações que isto implica o que inclui ser um modelo a seguir para teus filhos, ir à igreja, expressar tua fé, rezar com tua família, e estar aí quando te necessitem. Tu queres ser o melhor para teus filhos, e a melhor maneira de fazer isto possível é buscando ser um grande exemplo para eles”, acrescentou.

“Para mim, ser católico é muito importante. Durante a missão de resgate do capitão Richard Phillips, minha fé católica junto em ser um Cavaleiro de Colombo desempenharam um papel muito importante no que eu pensava, queríamos trazer o capitão Phillips de volta para casa para a segurança de sua família e resguardar o bem estar de todos”, acrescentou.

Castellano, longe de se considerar  um herói por sua participação no rescate, expressou sua admiração pelos marinheiros do Maersk Alabama que sem ter recebido  treinamento para este tipo de situações, puderam recuperar seu navio.


http://www.aciprensa.com/noticias/captain-phillipps-el-nuevo-filme-de-tom-hanks-retrata-heroismo-de-marino-catolico-55611/#.UootJdLUmAM

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

De católicos a pentecostais, depois anglo-carismáticos e outra vez católicos, com toda sua paróquia!

ReligionenLibertad.com

O padre Ed Meeks e sua esposa Jan: um itinerário peculiar

De católicos a pentecostais, depois anglo-carismáticos e outra vez católicos,  com toda sua paróquia!
De católicos a pentecostales, luego anglo-carismáticos y otra vez católicos, ¡con toda su parroquia!
Jan e Edward Meeks  passaram por várias igrejas antes de voltar à Igreja Católica

Pablo J. Gines/ReL- 21 novembro 2013-religionenlibertad.com

Todos os casos de pastores anglicanos casados que se  uniram à Igreja Católica através de um ordinariato anglo-católico implicam numa viagem espiritual e num sentido de "filho pródigo", mas o itinerário do padre Edward Meeks e sua esposa Jan é dos mais tortuosos, e sua acolhida na Igreja católica foi especialmente generosa.

E é porque ambos cônjuges do matrimônio Meeks se criaram como católicos e de fato foram católicos muito comprometidos.

Depois peregrinaram por 3 denominações protestantes distintas até que, com assombro e agradecimento, Ed foi ordenado sacerdote católico em 23 de junho de 2012; no dia seguinte ingressaram na Igreja Católica 140 paroquianos de sua comunidade anglicana, Christ the King (www.ctktowson.org, sob estas linhas, o hoje padre Ed mostra sua paróquia).



Um casal católico e generoso
O testemunho deste matrimônio o conta a esposa, Jan. E, 1977, ela tinha 26 anos, e Edward tinha 30. Estavam felizmente casados e tinham dois filhos pequenos. Edward e Jan se tinham criado como católicos. Ele inclusive foi seminarista uns poucos anos.

Sendo coroinha tinha sentido o "chamado" do altar. Mas deixou o seminário. Antes de casar-se, os dois jovens tinham colaborado como voluntários com o Lar Infantil São Vicente de Paulo. Neste ano eles começaram a acolher bebês "temporalmente" em colaboração com este lar infantil e com Catholic Charities, até que encontrassem uma família adotiva definitiva. Era muito difícil para Jan, que se afeiçoava muito com os bebês e chorava ao entregá-los.

Foi nessa época quando Jan escutou umas pregações gravadas da irmã Briege McKenna (religiosa irlandesa autora do popular livro "Os milagres existem"), que tocaram seu coração com sua exortação: "Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida, entregue-se completamente a Ele".

Jan foi uma cristiana "que cumpria", mas agora "meu coração ardia, Jesus estava nas Escrituras, na missa, nos sacramentos, em minha alma e eu não o tinha visto antes". Graças à pregação da irmã Briege McKenna, "essa noite entreguei minha vida completamente a Jesus".

Sua casa se abriu. Adotaram um dos bebês que cuidavam. Acolheram  uma garota grávida e seu bebê em seu lar durante mais de dois anos enquanto se reconciliava com sua família. E depois outras grávidas em apuros. Formaram parte do grupo de oração carismática de sua paróquia, onde aprenderam muito da Bíblia, oração e louvor.

Como então se afastaram da Igreja Católica?

Fé, entusiasmo... e confusão
Jan não dá muitos detalhes e se remete à época, muito confusa. "Os anos 70 estavam cheios de todo tipo de inovações litúrgicas e ensinamentos privados que estavam em contraste com o Magistério e as Escrituras. Ainda não tinha sido publicado o Catecismo da Igreja Católica e nosso renovado zelo por Deus superou nosso amadurecimento espiritual. Esses fatores, tristemente, nos afastaram da Igreja Católica", explica.

Na Assembleia  de Deus, uma das maiores denominações protestantes pentecostais, encontraram um ambiente muito de seu gosto: oração carismática e trabalho pró-vida de acolhida a crianças e grávidas com problemas.

Em 1985 fundaram um lar para adolescentes grávidas chamado Sparrow House (Casa do Pardal): Jan, Edward e seus 4 filhos viviam ali com as garotas e seus bebês. O pastor de sua comunidade encarregou  Edward para que trabalhasse neste serviço em tempo completo. Mesmo que um tempo depois a família deixasse de conviver na mesma casa que as garotas, trabalharam nesse ministério eclesial quase 25 anos.

Logo a  Assembleia  de Deus deu a Edward o título de ministro: era bom pregador e tinha capacidades pastorais e de administração. Usava essas capacidades para servir os demais e   sua comunidade cristã. Isso lhe enchia de alegria, mas notava que lhe faltava algo: ansiava  pela Eucaristia e a vida sacramental, algo que Assembleia  de Deus não podia dar.

Buscando algo carismático e litúrgico desta vez
Edward deixou suas tarefas eclesiais durante um ano de reflexão, trabalhando como executivo em uma empresa. E a família tomou a decisão de entrar em outra comunidade: a Igreja Episcopal Carismática.

Tratava-se de uma igreja similar na forma da anglicana (liturgia, bispos, sacerdotes, ordenações, vestimentas), com doutrina pró-vida e pró-família, e estilo e teologia carismáticos. Protestantes carismáticos com vontade de "algo litúrgico", ou anglicanos litúrgicos com desejos de "algo carismático", podiam chegar ali e sentir-se cômodos. Foi "ordenado sacerdote" por um bispo desta congregação e fundou uma comunidade na cidade de Towson em 1996 chamada Christ the King (Cristo Rei).

Ao passar dos anos, o reverendo Edward, sua família e toda sua comunidade de Christ the King foram refletindo mais e mais sobre o chamado de Jesus à unidade, e o papel chave da Igreja Católica nessa unidade.

Em 2008, toda Christ the King, com o casal Meeks à frente, se afiliaram como paróquia na Comunhão Tradicional Anglicana, uma rede mundial de comunidades anglicanas conservadoras que falavam de seu desejo de unidade com Roma.

O Papa Bento moveu a peça: os ordinariatos
E em 2009 chegou a surpresa: o Papa Bento XVI abriu uma porta especial para grupos de anglicanos que quisessem entrar em plena comunhão com a Igreja Católica mantendo aspectos de sua herança cultural e litúrgica, a constituição "Anglicanorum Coetibus", que permitia criar ordinariatos anglo-católicos.

Hoje existem três: um nas Ilhas Britânicas, outro na América do Norte e outro na Austrália, que somam vários milhares de ex-anglicanos, incluindo mais de duzentos antigos pastores e ministros.

Para os paroquianos de Christ the King era um sonho feito realidade. Edward foi o pastor que preparou  suas ovelhas para "cruzar o Tibre até Roma", a união com a Igreja que Cristo fundou sobre Pedro, o Portador das Chaves do Reino.

Em 2010 Edward pôs  sua comunidade para estudar os aspectos do catolicismo mais difíceis para os cristãos chegados de outras tradições: a veneração de Maria, a intercessão dos santos, a purificação após a morte que comenta São Paulo em suas cartas e os católicos modernos chamam de "Purgatório", o Primado de Pedro, etc...

Um caso complicado: eram ex-católicos
Em 2011, o reverendo Edward pedia formalmente seu ingresso no  ordinariato norte-americano como clérigo, mas parecia difícil que lhe concedessem.

Ele não era um pastor anglicano "de toda a vida" casado: era um ex-católico, que apesar de ter estado em outras igrejas e apesar de estar casado, pedia para ser admitido e ordenado como clérigo católico.

Mas, por outro lado, ele tampouco era um ex-padre, nem seu passado era o de um clérigo rebelde ao seu bispo católico: quando os Meeks se fizeram pentecostais eram simples leigos. E agora estavam há 15 anos liderando uma congregação que queria fazer-se católica em bloco.

A alegria de Jan, Edward e toda sua congregação foi grande quando de Roma chegaram três notas especiais: uma o dispensava do impedimento do cisma (por ser um católico que foi para uma congregação protestante); outra permitia sua ordenação apesar de ser um homem casado; a terceira concluía que nada impedia ordenar como sacerdote a Edward. Era uma resposta realmente generosa do  Vaticano à petição de um filho que voltava para casa e queria servir a Igreja como sacerdote.

Uma nova etapa
Aos 6 dias depois de receber as notificações, o bispo Mitchell Rozanski o ordenou diácono, e sete dias depois o cardeal Wuerl o ordenava sacerdote (a foto sob estas linhas recolhe a emoção do padre Ed).



No dia seguinte, toda a paróquia de Christ the King entrava em plena comunhão com a Igreja Católica.

Eram 140 pessoas: um terço tinham sido católicos em sua infância ou juventude e agora se reconciliavam com a Igreja Católica. Os outros eram de origens protestantes, ou inclusive mais diversos: o "Baltimore Sun" afirmava que a senhora Sheila Schmolitz, de 75 anos, e sua prima Anita Goldman, de 74, eram de origem judia, mas agora já eram católicas recém confirmadas. (Galeria de fotos desta ocasião AQUI).

"Sem exceção, os leigos católicos nos  receberam de braços abertos, em muitas ocasiões falei da reação local ao nosso retorno como filhos pródigos:  mataram o novilho cevado,  puseram um anel em nosso dedo", escreve Jan, muito agradecida (sob estas linhas, à direita; Jan Meeks, em oração, no dia em que a paróquia ingressou em  plena comunhão com a Igreja Católica; ao seu lado, sua filha e seu genro).



"Agora nossa paixão é animar os católicos que, como nós, por alguma razão ou outra deixaram a Igreja e desejam voltar de novo para casa. Em poucas semanas depois de serem recebidos como paróquia na Igreja, houve indivíduos e famílias que tinham estado longe da Igreja durante 30 anos que chegaram buscando reconciliar-se. Saber que também nós tínhamos deixado a Igreja e tínhamos voltado lhes dava certo nível de confiança ao aproximar-se de Ed para o sacramento da Reconciliação".

"Como fomos bem recebidos, também nós demos as boas vindas   àqueles que possam se sentir  inseguros, titubeantes ou assustados de voltar para casa, a Santa Madre Igreja", anima Jan. "Para nós é o momento de matar o novilho cevado, de comer e fazer festa e ficarmos alegres, porque encontramos o que estava perdido. Pode voltar para casa!"


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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

"Casa-te e seja submissa", e o hipócrita espetáculo.

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"Casa-te e seja submissa", e o hipócrita espetáculo

José Manuel Puerta Sanchez- 11 novembro 2013-religionenlibertad.com


Tenho de confessar que assisto nestes dias, entre surpreso e divertido, a la grotesca polêmica que  levantou a edição na Espanha do livro “Casa-te e seja submissa”. Outro capítulo do carnaval que, estando por trás o Arcebispo de Granada, tanto   gostam de lhe devorar os meios de comunicação de nosso país. Portanto, por mais que o ataquem e caluniem (inclusive gente que se diz “da Igreja”), ninguém poderá negar  a este Arcebispo coragem e audácia. Oxalá tivéssemos  muitos como ele.

Também digo  que ainda não li o livro (estou mesmo desejando que caia em minhas mãos). Curiosidades da vida, a primeira vez que tive conhecimento do mesmo, foi por minha própria esposa,  que achou chamativo o título, e que deu uma rápida folheada no conteúdo, adivinhando a boa aparência. Não   imaginei então que o assunto tomasse a relevância que  alcançou.

Mas assim é a Espanha. Editam um livro que é um sucesso de vendas na Itália, e aqui, em vez de ler para opinar com conhecimento (se é que neste país alguém ainda lê, incluindos os marionetes que ultimamente se metem a políticos com todo meu respeito à nobre profissão de marionete-), nós rasgamos as vestes e clamamos ao céu.
Já sabem, a ignorância, que é muito atrevida… Mais ainda com esse duplo padrão de medir, segundo o qual se toleram todo tipo de abusos de expressão e se olha com lupa o quanto faça a Igreja. É   porque é a única voz que chama a viver algo diferente, que clama pela Verdade, neste mar de hipocrisia que nos rodeia.

A cereja no bolo foi posta desde o PP da Andaluzia, exigindo ao Arcebispado de Granada a retirada imediata da edição. Aí fica isso. E é porque em nada foram capazes de se unirem  todos os partidos durante esta legislatura, até que  chegou este momento de querer lançar um sopapo à Igreja. Melhor assim, que tirem a máscara, não vá alguém seguir pensando que têm algo de cristãos.
Ainda que o panorama político espanhol desse para falar longamente. A saber: os da foice e do martelo, que ainda negam a barbárie dos católicos massacrados na guerra civil espanhola. Os do punho e da rosa, que de novo trazem como medida de sorte denunciar o Concordato com a Santa Sé (sim, estão de volta!).
E os das gaivotas, que com declarações como as que mencionava e,   temo que com a próxima lei do aborto, terminem retratando-se. Não sigo, que me perco.

Se você é cristão, e uns e  outros  meteram o gol de condenar o livro por seu título (que por certo, vem da Carta de São Paulo aos Efésios), o convidaria encarecidamente a ler antes de emitir juízo algum. E se pertence a essa maioria de pessoas para os quais a leitura é um luxo inalcançável enquanto existir a televisão, leia ao menos a interessantíssima entrevista da autora que se publicou em 'Religión en Libertad'. A mim me  encantou. Do livro, já lhes contarei…



José Manuel Puerta Sanchez

Nasci em Granada em 1982. Sou Engenheiro Técnico Informático, casado, pai e antes de tudo, filho de Deus. Pertenço a uma comunidade católica que me acolhe e suporta com paciência. Tento purgar meus muitos pecados nesta vida dedicando ao Senhor minha afeição pela escrita e pela música, servindo a Igreja de Cristo ali onde esta me necessite, lutando sem medo por fazer presente o Reino de Deus. Sou autor dos livros: “Relatos do povo de Deus” e “Contos de fé”.

José Manuel Puerta Sanchez, blognotengaismiedo@gmail.com, é autor, editor e responsável pelo Blog 'Não tenhais medo', alojado no espaço da web de www.religionenlibertad.com

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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Charles Maurras, um agnóstico incompreensível sem sua matriz católica.Monárquico sem sentimentalismos, defensor da ordem religiosa sem ter fé, foi um dos pensadores mais influentes de seu tempo.


ReligionenLibertad.com

Morreu em 16 de novembro faz sessenta anos.

Charles Maurras, un agnóstico incomprensible sin su matriz católica
Charles Maurras, um agnóstico incompreensível sem sua matriz católica

Monárquico sem sentimentalismos, defensor da ordem religiosa sem ter fé, foi um dos pensadores mais influentes de seu tempo.

José Maria Ballester / La Gaceta (Docs)- 12 novembro 2012-religionenlibertad.com

Nada nas origens familiares e sociológicas de Charles Maurras (1868-1952) deixava pressagiar que com o tempo se converteria em um dos mais importantes teóricos do pensamento anti-moderno, não só  da França, mas de todo Ocidente.

De Barrés a Dreyfus

Nascido no seio de uma família pequeno burguesa da Provença, estava projetado para ser um advogado ou comerciante em Marselha. No entanto, duas desgraças muito cedo –a perda de seu pai quando tinha oito anos e um problema de ouvido que acabou em surdez–  lhe serviram de estímulo para cultivar uns dotes intelectuais inatos. De início, os utilizou para afastar-se da fé que lhe transmitiu sua mãe.

Então as coisas, não é de estranhar que sua primeira grande referência fosse a Grécia clássica, cuja herança descobriu quando um jornal o enviou para cobrir os Jogos Olímpicos de 1896. Porém, a partir de um encontro com o escritor nacionalista Maurice Barrès, a principal paixão foi a França.

Sobretudo desde que estourou o caso Dreyfus, aquele oficial judeu falsamente acusado de espiar para Alemanha, cuja sorte dividiu a França em duas. Maurras se converteu no líder dos anti-dreyfus. E aproveitou a oportunidade para inventar o conceito de nacionalismo integral.


A Ação Francesa foi condenada por Pio XI em 1926, e Pio XII levantou a condenação em 1939. Rejeitou a herança da Revolução francesa
Em sua perspectiva, a decadência da França era atribuível aos quatro filhos inimigos, segundo ele, a Revolução de 1789: judeus, maçons, protestantes e democratas. A todos eles  atacou sem piedade. Especialmente aos judeus.

Um monarquismo e um agnosticismo algo especiais

A habilidade de Maurras consistia em combinar a violência verbal com a fineza intelectual. Seu nacionalismo integral transcendia a simples melancolia: era uma construção teórica cuidadosamente elaborada. Reacionário e tradicional, sim, mas com uma forte influência positivista –Maurras admirava  Augusto Comte– pois considerava que a política natural não está unicamente baseada na História e na herança, mas também na Biologia.

Este é um traço fundamental do pensamento maurrasiano. Outro é a instrumentalização de instituições  que não está especialmente unido. Por exemplo, a Igreja católica. Apesar de seu agnosticismo, para Maurras, a França não se entende sem sua matriz católica. O catolicismo tradicional, é claro, pois os democratas cristãos foram outros de seus alvos favoritos.

O mesmo cabe dizer de sua aposta pela restauração da monarquia. O monarquismo de Maurras não era sentimental mas pragmático. E conseguiu uma façanha: atrair para sua causa os muito liberais Orleans,  cujos sucessivos pretendentes teve sob sua batuta até que em 1937 o jovem conde de Paris rompeu definitivamente com ele.

Entre a glória acadêmica e o banquinho

A decisão dos Orleans apenas diminuiu a enorme influência que por essa época tinha Maurras na sociedade de gala: basta dizer que um ano antes foi eleito membro da Academia Francesa, instituição que não concede a qualquer um os escassos cadeirões livres dos quais dispõe. Porém nunca Maurras teria alcançado esse status sem uma poderosa estrutura.

Esta foi a Ação Francesa, nome que abarcava tanto o movimento político –como anti-parlamentaristas que eram e nunca se apresentaram às eleições– como no jornal. Nas páginas deste firmaram os intelectuais da direita  mais brilhantes da época, como Jacques Bainville –sua História da França se segue editando–, Leon Daudet ou Maurice Pujo.

A Ação Francesa teve êxito ali onde muitos outros fracassaram em um século e meio, ao saber seduzir o grande público educado no pensamento republicano, laicista e democrático. Maurras e seus intelectuais souberam aproveitar em benefício próprio a crise política e econômica os anos 20 e 30. Tudo ia de vento em popa até que Pio XI condenou suas ideias em 1926. Muitos católicos os abandonaram.

No entanto, o nítido distanciamento do germanófobo Maurras a respeito do nazismo –“o projeto racista é loucura autêntica”– fez que pouco antes da Segunda Guerra Mundial o Papa levantasse seu anátema. A alegria durou pouco tempo devido à torpeza de Maurras. Quando, em meados de 1940, chegou ao poder o marechal Philippe Pétain com a ideia de suprimir o legado republicano e restabelecer tradições eternas, Maurras acolheu o acontecimento com um: “Divina surpresa!”.


Reprovou os nazistas, mas ao terminar a guerra, por seu apoio a Pétain, foi  julgado e condenado à prisão perpétua. Porém sua germanofobia não podia tolerar a colaboração e a submissão aos nazistas. Daí uma atitude ambígua que, uma vez acabada a guerra, resultou em uma sentença de prisão perpétua e confisco de todas as honras, incluindo a cadeira acadêmica. Charles Maurras nunca voltaria a ser o mesmo.

Recuperou a fé ao morrer?
Nada mais se conhece de sua condenação, em 1945, Maurras, fiel a se mesmo, disse que se tratava da "revanche de Dreyfus". De pouco lhe serviu, pois passou na prática encarcerado a totalidade dos últimos sete anos de sua vida. Em princípios de 1952, o presidente Auriol  não foi à sua casa mas ao hospital. Ainda subsiste a dúvida  se abraçou a fé católica em seu leito de morte. Reconheceu ter dado "um passo para as coisas eternas". Mas   continuando disse aos teólogos que lhe rodeavam que deixassem de dar de beber a um burro "que tinha deixado de ter sede".

http://www.intereconomia.com/noticias-gaceta/cultura/francia-accion-20121110

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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

'Manif pour Tous y Veilleurs' : na França não cessa a resistência contra o zapaterismo de Hollande

ReligionenLibertad.com

Protestos por sua ação anti-família seguem aos políticos
Manif pour Tous y Veilleurs: en Francia no cesa la resistencia contra el zapaterismo de Hollande

'Manif pour Tous y Veilleurs'(manifestação por todos e vigilantes): na França não cessa a resistência contra o zapaterismo de Hollande

A ministra francesa de Família, a socialista Dominique Bertinotti,  encontrou este protesto pró-família no passado 14 de outubro.

Nicoletta Tiliacos / Foglio Quotidiano- 17 outubro 2013-religionenlibertad.com

Tal como  sucede há mais de um ano aos seus ministros quando visitam oficialmente o país, também o presidente francês François Hollande, em  8 de outubro, precisou se esconder em Saint-Etienne, no Loira, para não se encontrar  cara a cara com os manifestantes contra a lei Taubira (que em abril introduziu o matrimônio homossexual na França) e contra a laicidade à jacobina imposta nas escolas pelo ministro da Educação, Vincent Peillon, promotor zeloso e poderoso de uma “religião de estado” destinada a eliminar as outras.

Dispersados por ler filosofia
Na noite anterior, em Paris, trezentos Veilleurs (os Centinelas, pertencentes à 'Manif pour Tous' contra o matrimônio homossexual, que se reunem há meses nas praças para meditar sobre temas como “lei e consciência”, e para ler em voz alta textos filosóficos) foram dispersados pela policia na praça do Palais Royal, não longe da sede do Conselho constitucional onde, em 18 de outubro, se decide sobre a possibilidade de introduzir a cláusula de consciência para aqueles prefeitos e seus adjuntos que rechacem celebrar matrimônios entre pessoas do mesmo sexo.

Esta não foi a primeira vez, e tampouco será a última, em que os Centinelas são dispersados pela força, apesar da absoluta tranquilidade e da evidente não-violência de suas iniciativas.

Ressente-se a "liberté" (liberdade)
A França da “liberté” parece estar sofrendo, e provavelmente também este aspecto colabora aos míseros trinta por cento de apoio  (o ponto mais baixo de popularidade desde o início do mandato, um dos mais baixos de todos os tempos para um presidente da “République”) que  cai sobre Hollande e seu primeiro ministro, Ayrault (sondagens de  dois dias).

A França se  converteu em um país onde um homem passeando com sua família num domingo de Páscoa, em Paris, nos jardins de Luxemburgo – “Il Foglio” escreveu sobre isso em 10 de abril passado – pode ser detido pela polícia que o convida para que se retire, ou pelo menos para que se cubra - porque é “contrária aos  bons costumes” -, a bandeira da 'Manif pour tous': negra, sem letras, com só  o desenho em rosa estilizado de uma família formada por um homem, uma mulher e duas crianças.

Uma ultrajante família de “Mulino Bianco”[Moinho Branco], a chamariam os heterofóbos militantes deste lado dos Alpes.

Em 12 de outubro, bandeiras pró-família
Assim, enquanto as autoridades governamentais são obrigadas pelos manifestantes contra a lei Taubira ao “jogo do esconderijo para todos” cada vez que se assomam a uma praça ou visitam um município, a 'Manif pour Tous' convidou os franceses para desafiar a nova intolerância disfarçada de igualitarismo e a levar a postos, no sábado 12 de outubro, as camisetas e bandeiras com a imagem da família mamãe-papai-filhos (é a segunda “jornada nacional ‘vestidos com a bandeira”, depois da de 8 de junho passado).

Também na Itália

No dia 11 também os comitês espontâneos da 'Manif pour Tous' Itália organizaram uma marcha pública contra a lei sobre a homofobia que está se debatendo no Parlamento italiano, “para defender a liberdade de expressão” e para expressar a dissidência “contra o desenho da lei Scalfarotto, uma disposição ideológica que, se aprovada no Senado, não faria outra coisa senão impedir aos cidadãos livres e as associações expressarem-se de maneira civilizada sobre propostas da lei como o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo”.

Entretanto, o que está sucedendo na França demonstra que alguém  fez mal os cálculos.

A ilusão que o lendário apego ao estado por parte de seus funcionários fizesse calar a metade do país hostil à lei Taubira foi desmentida.

Prefeitos que objetam
E foi apesar de “romper as filas” do episcopado francês, mais resignado do que estão as pessoas comuns e, como foi dito, os prefeitos.

Entre titulares e adjuntos, são 20.140 os que solicitaram não estarem obrigados a celebrar matrimônios entre pessoas do mesmo sexo (para os que atualmente se negam, se preveem sanções de até cinco anos de cárcere).

O advogado Geoffroy de Vries, que defende as razões do Conjunto de Prefeitos para a Infância,  explicou ao site da web Atlantico.fr que “se trata de se beneficiar  do direito de se opor em causa da própria liberdade de consciência… para os prefeitos do Coletivo, a hipótese do matrimônio entre duas pessoas do mesmo sexo fere profundamente sua consciência pessoal, porque toca o campo das convicções profundas sobre a vida, o casal e a família”.

Os prefeitos pedem que não  os obrigue tampouco a nomear um delegado, mas que seja diretamente um representante do mesmo estado que procede a celebração da boda. A decisão foi tomada em 18 de outubro.

E atrás das motivações de direito não será difícil entender em que ponto está a noite política, em uma França sempre menos habitada pela “liberté”.
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[1] Moinho Branco é uma marca de bolinhos e doces de propriedade da empresa Barilla. Quando na Itália os heterófobos falam da “família Moinho Branco” o fazem referindo-se de maneira pejorativa à família heterossexual, porque na publicidade desta marca sempre se apresenta a família tradicional em um contexto idílico. Porém ultimamente também poderiam fazer referência ao barril de pólvora levantado em setembro de 2013 pelo presidente da empresa, Guido Barilla, quando declarou em uma entrevista que sua empresa não incluiria casais homossexuais em seus anúncios porque "não estou de acordo com eles. A nossa é uma família clássica, em  que a mulher tem um papel central". Várias associações pela defesa dos direitos dos homossexuais e alguns políticos como Alessandro Zan (Esquerda Ecologia Liberdade) promoveram um boicote a todos os produtos da Barilla.



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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Uma Miss Mundo anti-mundo? Mais bonita por dentro que por fora


infocatolica.com
 



por Juanjo Romero
Megan Young, Miss Mundo 2013


 
 
 
 
 
 
Megan Young foi eleita Miss Mundo 2013 em 28 de setembro. Estudante de «Direção cinematográfica», filipina de origem americana e que se vê mais bonita por dentro que por fora.

Um mês antes concedeu uma entrevista ao canal ABS-CNB (8:35 min). E a verdade, a julgou bem julgada. Perguntaram-lhe sobre vários temas, mas as respostas mais saborosas estão no final, a partir do sétimo minuto.


A entrevistadora pediu sua opinião sobre a lei da «saúde sexual e reprodutiva» que está sendo muito polêmica em seu país, uma lei que viola a objeção de consciência facilitando métodos anticonceptivos e abortivos. A resposta foi clara:
Sou pró-vida. Se [o aborto] significa matar alguém que já está aí, então, é claro, sou contra isso. Sou contra o aborto.

A entrevistadora surpresa pergunta sobre a anticoncepção:
O sexo é reservado para o matrimônio.

Cada vez mais atônita pergunta: divórcio?
Eu sou contra o divórcio.

E já terminando o trabalho, pergunta como uma garota tão bonita disse que não vai ter relações sexuais pré-matrimoniais:
Muito fácil, dizer não. Quando alguém te pressionar, e vês que vai demasiado longe, isso significa que não te valoriza e não valoriza a relação. Se o garoto está disposto a esse sacrifício isso diz muito.
 

Valeu, Megan. Precisa ser muito mais corajosa para dizer isto que para sair de top-less no Congresso dos Deputados, como recentemente ocorreu na Espanha. Às vezes a pressão é mais forte e fácil seriam respostas evasivas.

Não sei quantos católicos teriam respondido com a mesma convicção a todas, e digo a todas, as perguntas. Mais de um se teria emperrado com a do divórcio ou os anticonceptivos para parecer moderno.

Obrigada Megan, por demonstrar que se pode, que custa, mas pode por carinho, que vale a pena e por permitir que muitas jovens saibam que «o seu» –o teu– é o normal.



segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Na secularizada e cínica China, o professor Wu aposta por Santo Agostinho, São Tomás, fé e razão.

ReligionenLibertad.com

A racionalidade da fé, na Universidade de Pequim
Na secularizada e cínica China, o professor Wu aposta por Santo Agostinho, São Tomás, fé e razão.
En la secularizada y cínica China, el profesor Wu apuesta por San Agustín, Santo Tomás, fe y razón

Tiuenyue Wu explicou no Meeting de Rimini como Tomás de Aquino e Santo Agostinho aproximam fé e razão aos estudantes chineses.

Tempi.it - 27 agosto 2013 - religionenlibertad.com

Como cada verão, em Rimini, Itália, se congregaram muitos milhares de pessoas atraídas pelas atividades deste encontro anual que organiza o movimento católico Comunhão e Libertação. Encheram o Auditorium para escutar a Tianyue Wu, docente de filosofia na mais prestigiada universidade chinesa, a Universidade de Pequim. Tempi.it o recolhe assim.  

Família católica, mas ele não tinha fé
«Procedo de uma família de tradição católica, mas foi difícil para mim abraçar a religião», conta no Auditorium do Meeting de Rimini Tianyue Wu, docente de filosofia na mais prestigiada universidade chinesa, a Universidade de Pequim.  

«No colégio nos ensinavam que as religiões são somente superstições, monstros que pertencem a um passado morto e enterrado», explica Tianyue Wu.

Uma sociedade de cinismo e utilitarismo
«A sociedade chinesa é uma sociedade totalmente secularizada, em  que está vigente o lema “Carpe diem” e os chineses, devido ao grande crescimento econômico unido a um empobrecimento espiritual,  assumiram uma atitude cínica e utilitarista».

Em um país onde já os primeiros missionários tiveram dificuldade para «introduzir a ideia de um Deus transcendente entre gente convencida de que só  existe a vida na terra e nada mais», Tianyue explica como o «governo comunista piorou a situação, assumindo o ateísmo como parte essencial de sua ideologia, expulsando os missionários, fechando igrejas e impedindo os sacerdotes que ficaram no exercício de sua função».

Apesar da mudança que teve  lugar após a morte de Mao e a reabertura das igrejas «o clima na China seguiu sendo hostil à religião. Isto representa para um crente, por uma parte, uma dificuldade e, por outra, uma vantagem, porque obriga a interrogar-se sobre as razões da própria fé e a ter uma profunda consciência de si mesmo».

Morreu o avó...e escutou as orações
Tianyue, que «cresceu cantando a Internacional» enquanto seus pais tentavam transmitir essa fé «que eu não conseguia entender», mudou há 14 anos «quando morreu meu avô e eu, na igreja, ouvi os cantos e as orações dos fiéis. Finalmente entendi essas palavras e senti a profunda tranquilidade que só  Deus, que está sempre comigo, podia dar-me».

Após ter devorado todos os livros cristãos que podia encontrar na pequena cidade em  que havia nascido, próximo à metrópole de Guangzhou, Tianyue decidiu inscrever-se em filosofia, «apesar de que a tradição de minha família me empurrava para a medicina: mas eu pensava que curar as almas era tão importante como curar o corpo».

Filosofia medieval, católica... para chineses
Convertido já em docente de filosofia antiga e medieval da Universidade de Pequim, Tianyue começou a propor aos seus estudantes um argumento insólito para os chineses: «Dava cursos sobre São Tomás, Santo Agostinho e Aristóteles. Mas seu pensamento e suas argumentações racionais distam muito da tradição filosófica chinesa».

Não foi uma casualidade que os primeiros anos se apresentaram pouquíssimos estudantes em seus cursos. Porém se Tianyue insistiu foi por causa de uma ideia muito concreta: «Creio que a razão e o pensamento racional, em uma sociedade secularizada como é a sociedade chinesa, representam a melhor maneira de aproximar-se da fé. Se tivesse abandonado, utilizando argumentos mais da moda, não teria dado a possibilidade aos meus estudantes de descobrir quão unidas estão a fé e a razão. E hoje são muitos os que frequentam meus cursos».

"Não escondo de ninguém minha fé"
E assim, mediante a filosofia, Tianyue leva hoje seu «testemunho de católico à sociedade»: «Não sou tão ingênuo como para pensar que um enfoque teórico possa fazer que uma pessoa creia», explica diante de umas duas mil pessoas, «mas a muito entusiasta insistência protestante não me convence. Não escondo de ninguém minha fé, mas não quero obrigar a abraçá-la».

«Estou convencido de que mostrando a racionalidade da fé, também mediante a leitura da Suma teológica de São Tomás, lançou uma semente ao coração de meus estudantes que lhes ajudará a enfrentar-se em uma época secularizada como a nossa, tão cheia de desafios».

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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

De criança diziam que o catolicismo era satânico; hoje, Tim é um popular pregador católico.

ReligionenLibertad.com

Denuncia que alguns padres não querem acolher os protestantes.
De criança  diziam que o catolicismo era satânico; hoje, Tim é um popular pregador católico.

  De niño le decían que el catolicismo era satánico; hoy, Tim es un popular predicador católico

Tim Staples nasceu no Sul da Virgínia (Estados Unidos). Cresceu no seio de uma família batista que lhe ensinou desde pequeno que a Igreja Católica era uma instituição satânica.

Fernando de Navascues / ReL- 24 setembro 2013 -religionenlibertad.com

Afastou seriamente de sua fé durante a adolescência, mas a pregação de vários evangelistas na televisão motivou  Tim a reconhecer  Jesus como seu Senhor e Salvador pessoal na idade de 18 anos.

Uma de suas inquietudes desde aquela época foi a de atrair os católicos ao cristianismo batista. Ao mesmo tempo que servia na Marinha, se focava em estudos protestantes, e começou a formar-se para ser pastor de jovens nas Assembleias de Deus, uma importante denominação pentecostal.

Do exército à fé
Durante seu último ano na Infantaria da Marinha, Tim conheceu  um companheiro chamado Matt Dula que o convidou para examinar a fé católica de uma perspectiva bíblica e histórica.

A amizade de Tim com Matt provocou uma intensa busca da Verdade durante dois anos.

Ao final, a convergência dos dados históricos e bíblicos convenceram  Tim. Os católicos não só  não eram a igreja de Satanás, como tinha ouvido em criança, mas também o ensinamento católico era o correto, o da Igreja que Cristo fundou.

Fez-se católico e em 1988 ingressou no seminário. Após seis anos viu que não era sua vocação, mas  estava sendo chamado a ser um apologista católico leigo.

Essas palestras o levaram por todo Estados Unidos fazendo apresentações para ajudar  milhares de pessoas a encontrar seu caminho de volta à Igreja Católica.

Tim faz que seu amplo conhecimento das Escrituras esteja disponível para filmes, livros e palestras, ajudando assim  outros a ver a forte base bíblica que se encontra sob a doutrina católica.

O humor e entusiasmo de Tim cativa seu público, e seu estilo único lhe trouxe fama mundial. Tim reside no sul da Califórnia com sua esposa Valerie e seu filho pequeno, Tim. Na atualidade é um apologista da associação Catholic Answers (www.catholic.com) na população californiana de 'El Cajon'.

Ter leigos bem formados
Desde sua conversão sempre acreditou e acredita que o papel dos leigos convertidos é dos mais importantes.

Esta afirmação  argumenta explicando que a catequese é  fundamental para converter  "nossos irmãos que não são católicos". E convida a evangelizar compartilhando conhecimentos bíblicos.

Dedicado a recuperar católicos

Em uma entrevista para a cadeia de televisão americana EWTN com a Madre Angélica, disse que antes da conversão nunca havia falado bem dos católicos, não porque tivesse  ódio ou inimizade, mas simplesmente por ignorância. Não entendia o catolicismo e, portanto, o atacava.

Segundo ele, na  maioria dos casos em que  católicos se convertem às igrejas evangélicas é pela falta da catequese.

“Algo bom que pode vir de um cabeça-dura como eu -explica Tim- é que tenho uma base bíblica forte e posso entender muito bem  nossos irmãos protestantes. Creio que o Senhor utiliza  tipos como eu para, não só mudar  nossos irmãos protestantes, mas também para dar-vos a vós, os católicos, um certo toquezinho, despertar-vos e dizer-vos que a fé é importante".

O pecado da Igreja

Crê que o maior pecado da Igreja de hoje em dia é a indiferença. E põe este exemplo: "Eu conhecia uma garota a qual meu irmão e eu estávamos tratando de converter ao catolicismo e já estávamos muito perto de conseguir.

Passado o tempo, ela foi  ver um sacerdote porque só  lhe faltava um pequeno empurrãozinho. Mas o sacerdote lhe disse: ‘Não se converta à Igreja Católica, que lhe trará complicações, você está bem onde está, tem uma boa relação com Jesus, não se converta’.

Depois disso -lamenta Tim- nunca regressou. E segundo ela a razão foi que se não estava em jogo a salvação das almas, então para ela isso não era o Evangelho. Isso é pecado".

Tim Staples critica este erro  e replica que nos o encontramos com muita frequência devido a uma má interpretação da fé. No entanto, se isso fosse assim não haveria conversões à fé católica.

Sem Maria não se compreende  Jesus

Madre Angélica lhe perguntou: “Teve dificuldade com a Virgem como tem grande parte de outros cristãos para se converter  ao catolicismo?”

"Sim", respondeu. A Virgem foi o último obstáculo para terminar sua conversão. No entanto: "Enquanto muitos dizem: ‘Não me fales da Virgem, fale-me de outra coisa...’ eu não posso folhear a Bíblia sem encontrar algo da Eucaristia ou de nossa Santíssima Mãe. Percebo que com frequência o tema da Virgem em meu ministério é o primeiro  que quero falar, porque é o más faz falta -esclarece o ex-pastor batista-. A razão porque muitos católicos me dizem que não toque nesse tema tão rapidamente é sinal de que necessitamos aprender o que a Bíblia diz sobre a Virgem. Porque se sabemos bem e compreendemos bem o papel da Virgem, compreenderemos melhor o papel de Jesus na Terra”, conclui Tim.

O que se nega de Maria se nega de Cristo

Se não se entende o papel de Maria como Mãe de Deus não se pode entender plenamente o papel de Jesus. Muitas vezes o que se nega de Maria, também se nega de Jesus.

Quando ele era protestante negava que a Virgem fosse a Mãe de Deus. Quando dizia isso, estava dizendo que haviam duas pessoas em Cristo e pensava que Maria era mãe de Jesus homem, não de Jesus em sua natureza divina. A realidade é que em Jesus há uma só pessoa, ainda que com duas naturezas: humana e divina.

Para terminar a entrevista afirma: “Temos que tomar a sério os dogmas marianos, e realizar nosso trabalho de católicos compreendendo melhor nossa mariologia e assim compartilhar não só  Maria, mas o verdadeiro Jesus”.

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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Pio XII, corresponsável pelo Holocausto? O filho do escritor judeu Saul Israel desmente. O Papa Pio XII colocou os espaços extra-territoriais do Vaticano a serviço da rede que escondia judeus.

 ReligionenLibertad.com

¿Pío XII, corresponsable del Holocausto? El hijo del escritor judío Saúl Israel lo desmiente
Seu pai se escondeu na Igreja de São João de Latrão, terreno do Vaticano.
Pio XII, corresponsável pelo Holocausto? O filho do escritor judeu Saul Israel  desmente.


O Papa Pio XII colocou os espaços extra-territoriais do Vaticano  a serviço da rede que escondia judeus

Emmanuele Michela / Tempi.it- 24 setembro 2013-religionenlibertad.com

Não é verdade que Pio XII e a Igreja católica não fizeram nada pelos hebreus sob o nazismo e fascismo. Uma carta aparecida na segunda-feira nas colunas do 'L´Osservatore Romano'   testemunha. Está firmada por Saul Israel, hebreu, pai de Giórgio, docente de História das Matemáticas na Universidade 'La Sapienza de Roma'.

O texto, escrito por ocasião de uma comemoração de Pio XII em 1965, narra de maneira concreta a «mão generosamente estendida» de tantos conventos e casas religiosas aos hebreus perseguidos pelos fascistas e nazistas, e cita   Pio XII como organizador desta rede de assistência providencial.

Um judeu grego na Itália fascista
« Encontrei a carta quando estava pondo em ordem alguns documentos que tinha em casa», conta seu filho Giórgio a Tempi.it, recordando a vida de seu pai.
Nascido na Grécia em 1897, Saul chegou a Roma para estudar: «Tinha que se matriculado  em Medicina, com o projeto de voltar depois a sua pátria para trabalhar. Mas não voltou a Tessalônica porque o bairro hebreu foi incendiado».

Teve uma vida difícil na capital, entre a instauração do fascismo e a campanha das leis raciais: teve que renunciar a seu trabalho na universidade, a sua profissão de médico e, mais tarde, viu como grande parte de sua família foi deportada.

Dos conventos a São João de Latrão
Saul conseguiu escapar aos registros: primeiro se escondeu com alguns familiares, depois foi hospedado por algumas ordens religiosas, com as quais tinha entrado em contato graças a seu amigo Ernesto Buonaiuti: encontrou refúgio no Convento de Santo Antônio na Via Merulana, mas  teve que ir dali devido a proximidade do comando nazista de Via Tasso.

Foi transferido para São João de Latrão [que era e é território do Vaticano, sob autoridade papal, onde não podiam entrar as autoridades italianas nem alemãs].

«No projeto– continua Giórgio – recorda todas as pessoas que  ofereceram assistência a ele e faz uma referência direta a Pio XII. A coisa tem muito valor: meu pai era uma pessoa que dizia as cosas abertamente, e sobre as questões do anti-judaísmo católico teve muitas polêmicas.
Alguém pode pensar o que quiser do Papa Pacelli, mas a campanha segundo a qual o Pontífice teria sido corresponsável pela Shoah é absolutamente falsa. Por este motivo eu quis publicar esta carta».

As lágrimas do mártir
Saul Israel era médico, mas amava escrever, e em sua juventude  recebeu uma educação hebreia muito forte: profundas são as palavras com  que, em um segundo escrito aparecido no L´Osservatore Romano em 2009, conta a «consanguinidade» entre hebreus e cristãos.

Então Saul foi hóspede dos monges durante a perseguição e a lembrança das festividades hebreias transcorridas em família se sobrepõe com as orações dos franciscanos que chegam a seus ouvidos.

« Inclusive esse crucifixo do qual podia divisar as linhas por  cima da cama, se confundia intimamente com todas aquelas imagens (…)», escreve Saul.

« Talvez fosse a presença dessa Bíblia escrita com caracteres cuja forma estava direta e naturalmente associada à oração, a minha oração, tão similar no tom e na inflexão da dos monges. (…)

Eu lhe rogo, junto às almas de tantos inocentes torturados por causa de sua fé, em uma consanguinidade que supera a da carne, sob as asas da oração, dessa oração que a voz  da avó morta Esmeralda me faz chegar, hoje, de  longe (…).

Que o Senhor nos abençoe e nos proteja a todos, sob as asas onde a vida não teve início e não terá nunca fim; onde as lágrimas do mártir  umedecem também os olhos do opressor».

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GIORGIO ISRAEL

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O Papa Francisco se distancia do Arcebispo Müller no tema da teologia da libertação e confirmou pessoalmente que não apoia a teologia da libertação.

 ACI prensa.com



O Papa se distancia do Arcebispo Müller no tema da teologia da libertação


ROMA, 16 Sep. 13 / 03:40 pm (ACI/EWTN Notícias).- Em umas breves palavras esta manhã durante o encontro com os sacerdotes da diocese de Roma (Itália), cidade da qual é Bispo, o Papa Francisco confirmou pessoalmente que não apoia a teologia da libertação na versão que representa o sacerdote peruano Gustavo Gutierrez, e que é respaldada pelo atual Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Mons. Gerhard Müller.

O vaticanista Sandro Magister, em seu blog em italiano Settimo Cielo, explicou que o Santo Padre tomou distância do Mons. Müller em uma breve porém contundente observação feita durante o momento de perguntas e respostas.

"O encontro era a portas fechadas", relata Magister, que descreve como "sério e agudo", o comentário do Papa Francisco sobre a teologia da libertação, que passou despercebido pela imprensa, incluindo os meios de comunicação do Vaticano.

"Na formulação de uma das cinco perguntas dirigidas ao Papa e ao falar da centralidade dos pobres na pastoral, um sacerdote fez referência,  positiva, à teologia da libertação e a posição compreensiva diante desta teologia, do Arcebispo Gerhard Müller", relata Magister.

Porém, "ao ouvir o nome do Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Papa Francisco não deixou que terminasse a pergunta e disse: ‘isto é o que pensa Müller, isto é o que ele pensa", narra o Vaticanista italiano.

A afirmação do Santo Padre cobra mais importância depois   que na quinta-feira passada recebeu em audiência o sacerdote peruano Gustavo Gutierrez, considerado um dos pais da teologia da libertação, um encontro realizado a pedido do Arcebispo Müller.

Sobre o Padre Gutierrez, no sábado 14 de setembro o Arcebispo de Lima e Primado do Peru, Cardeal Juan Luis Cipriani Thorne, afirmou que ainda tem abordagens que deve retificar.

http://www.aciprensa.com/noticias/el-papa-se-distancia-del-arzobispo-muller-en-el-tema-de-la-teologia-de-la-liberacion-61754/#.Ujh3T9LUn3F