Trocando de roupa para o Banquete Nupcial

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Caminhada para o Céu

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Começou a ceder em 1930, e colaborou docilmente até Pearl Harbor. Quando Hollywood cedeu à pressão dos nazistas, e inclusive colaborava com dinheiro.

 ReligionenLibertad.com

Cuando Hollywood se plegaba a las presiones de los nazis, e incluso colaboraba por dinero
Começou a ceder em 1930, e colaborou docilmente até Pearl Harbor.
Quando Hollywood cedeu à pressão dos nazistas, e inclusive colaborava com dinheiro


Cena de 'Sem Novidade no Front', de 1930, quando os nazistas ainda não governavam, mas a Universal cedeu diante de atos  desordeiros de ativistas e protestos de Goebbels, um mero deputado...

Riccardo Michelucci / Avvenire- 8 dezembro 2013-religionenlibertad.com

 Que papel teve a indústria cinematográfica de Hollywood frente a  irrefreável   ascensão do nazismo na Alemanha?

O que era nessa época o meio de comunicação mais poderoso do mundo,  se limitou a fechar os olhos ou foi mais além, estabelecendo um pacto com o Diabo contanto que salvaguardasse os próprios interesses comerciais?

A influência do governo alemão na indústria cinematográfica americana, nos anos que precederam o estouro da Segunda Guerra Mundial, já tinha sido investigada no passado pelos historiadores, mas nunca antes como agora se tinham revelado detalhes escabrosos como os que se contam em um ensaio recém publicado nos Estados Unidos.

A palavra chave: "colaboração"
Zusammenarbeit, literalmente "colaboração", é o termo recorrente em muitos documentos oficiais inéditos até agora, e que Ben Urwand, jovem investigador de Harvard,  encontrou  nos arquivos alemães e americanos.

Sua investigação, recolhida no recente volume  'The Collaboration'. 'Hollywood’s Pact with Hitler' (“A colaboração. O pacto de Hollywood com Hitler), o empurru a afirmar que as relações nestes anos entre Hollywood e o Terceiro Reich foram muito mais profundas e duradouras do que até agora  contaram os historiadores.

Um protesto local, uma censura mundial
A Universal Pictures foi a primeira a ceder às pressões nazistas, modificando em chave pró-alemã a versão original de “Sem novidade no front”.

Tudo começou em 5 de dezembro de 1930, quando Joseph Goebbels, nesse momento um simples deputado no Reichstag [Hitler não chegaria ao poder até 1933], dirigiu um  violento protesto dentro de um cinema de Berlim durante a estreia do   filme baseado na célebre novela de Erich Maria Remarque.

Segundo os nazistas, o filme ofendia os soldados alemães em retirada durante a Grande Guerra, e por isto obrigaram a interromper a projeção gritando e soltando  ratos na sala até que todos os espectadores fugissem.

Alguns dias depois, a Comissão de Censura proibiu o filme e obrigou o produtor, o judeu Carl Laemmle da Universal, a cortar e modificar drasticamente as cópias que já estavam em circulação em todo o mundo.



Nesses anos, o sucesso dos filmes americanos dependia em boa parte do mercado alemão e, por este motivo, muitos filmes começaram a cair debaixo da obscuridade da censura nazista, que se estendeu além das fronteiras alemãs.

Todos os estúdios cederam diante de Hitler
Com a ascensão de Hitler ao poder em 1933, os estudos se dobraram um atrás do outro ao desejo do Reich: desde a Fox   à RKO, passando pela MGM e a 20th Century Fox.

Urwand afirma que pelo menos uns vinte filmes rodados para o público americano sofreram grandes modificações, ou inclusive foram retirados por pressão dos nazistas, que pretenderam também o afastamento dos atores judeus dos elencos.

Georg Gyssling, cônsul alemão em Los Angeles até o ano de 1941 teve um papel muito importante em tudo isto: ele obrigou os produtores a aceitar o artigo 15 do regulamento cinematográfico alemão, segundo o qual na Alemanha se proibiam em bloco todos os filmes de produtores que tivessem distribuído no mundo um só filme desagradável para o Reich.

Filmes contra o anti-semitismo?  Nem falar!
Os diretores e roteiristas se viram forçados a fazer acordo dos seus trabalhos com o mesmo Gyssling, começando por Herman Mankiewics, o autor que antes de colaborar com Orson Welles na direção guion de 'Cidadão Kane' foi obrigado a interromper a elaboração de 'The Mad Dog of Europe' (O cachorro louco da Europa), um filme que denunciava o anti-semitismo de Hitler, e que por este motivo não foi nunca rodado.

Porém o livro de Urwand vai mais além, pondo em dúvida inclusive o papel dos irmãos judeus Harry e Jack Warner, os fundadores da mítica Warner Bros, até agora acreditados por um arriscado compromisso pessoal em chave antinazista.

O estudioso de Harvard afirma que foram precisamente eles que apagaram a palavra "judeu" dos diálogos do filme 'A vida de Emile Zola', satisfazendo solicitamente todos as ordens dos funcionários do Reich, que tinham se submetido a um estrito controle de seus filmes.

Segundo a inquietante, mas muito detalhada reconstrução de Urwand tudo, inclusive depois dos terríveis massacres de "Noite dos cristais quebrados" de 1938, foi sacrificado em causa dos interesses econômicos das principais produtoras de cinema, as quais não receberam só  benefícios em termos de arrecadação de bilheteria.

Na MGM, a Paramount e a 20th Century Fox se permitiu inclusive dar  a volta à lei alemã, que nessa época proibia as empresas estrangeiras de exportar seus benefícios em divisas.

«O conseguiram porque tinham convertido seu dinheiro em algumas empresas vinculadas à indústria armamentística alemã – explica Urwand – convertendo-se assim, para todos os efeitos, em financiadores da máquina bélica do Reich».

O Zusammenarbeit terminou só  em finais de 1941, com o ataque a Pearl Harbour e a entrada na guerra dos Estados Unidos.



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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Rico, jovem e com poder, o Príncipe Félix não era feliz… agora fala da fé em suas conferências.

ReligionenLibertad.com

Rico, joven y con poder, el Príncipe Félix no era feliz… ahora habla de la fe en sus conferencias
Católico e especialista em Bioética

Rico, jovem e com poder, o Príncipe Félix não era feliz… agora fala da fé em suas conferências

O segundo na linha sucessória em Luxemburgo acabou estudando no Pontifício Ateneu Regina Apostolorum. Agora é um especialista em Bioética.

Javier Lozano / ReL - 5 maio 2013 -religionenlibertad.com

Em um momento em  que a juventude é a vítima principal da secularização e  vai se estendendo a todas  as camadas sociais , ver  um Príncipe falando sem complexo  da fé e do debate entre esta e a razão mostra que ainda existe muitoo jovem que se pergunta, que se interroga sobre a vida, sobre o porque e para que e vai em busca destas respostas.

Atualmente há na Europa cinco casas reais católicas. Espanha, Bélgica, Luxemburgo e Liechtenstein e Mônaco. No entanto,   na prática, atualmente só  o grão duque de Luxemburgo   arriscou seu trono e sua posição por uma questão de consciência.

É amplamente conhecida a oposição pública e frontal da Casa Real de Luxemburgo ao aborto e à eutanásia. De fato, em 2008 o grão duque Henry anunciou que como chefe de Estado se negaria a firmar a lei aprovada nas Cortes  que aprovava a eutanásia. A consequência de sua corajosa decisão foi que o Governo  limitou desde então seus poderes para que não voltasse a estorvar em uma situação similar. O certo é que sua assinatura não chegou a estar nunca nesta lei pois agiu como seu tio, Balduíno da Bélgica, e se declarou incapaz temporalmente de exercer suas funções.

Buscando resposta à suas perguntas

O teor desta atuação concreta não é de estranhar que seus cinco filhos levem a importância dos valores e da fé em sua vida. Particularmente preocupado por isto se pode ver o Príncipe Félix, segundo filho do grão duque, de 28 anos.

Bonito, com fama e com um trabalho muito bem remunerado   numa multinacional não deixava de se fazer perguntas. Não era por aí  onde queria focar sua vida. Atraído pela beleza da filosofia deixou seu trabalho e decidiu estudar Bioética em Roma e no seio da Igreja Católica, concretamente no Pontifício Ateneu Regina Apostolorum. Desde então, está fascinado com esta nova faceta de sua vida.


O príncipe Félix foi no mês de março à Universidade Católica de Valência para dissertar sobre a ‘Necessidade do estudo da Bioética, diante dos desafios  atuais’, uma conferência que se  marcou nas Jornadas ‘Evangelho e Ecologia’. Antes do ato foi recebido em audiência pelo arcebispo de Valência, monsenhor Carlos Osoro, com o qual manteve uma longa conversa.

“A fé ajuda a ciência a compreender”
Durante a palestra falou como especialista na matéria mas também de  sua experiência pessoal, o que permite entender sua evolução. Falou da relação entre Biologia, Fé e Bioética. O segundo na linha sucessória ao trono assegurou que sem bem que não é indispensável ter fé para estudar Bioética “mas amplia o tratado por esta ciência. Temos de ser conscientes de que existem coisas que a ciência jamais poderá explicar e que a fé pode ajudar a compreender aspectos que a ciência trata de entender”.

Seguindo com isto, o príncipe centro-europeu indicou  que “o mais importante que me  apontou o estudo da Bioética é que seu centro é o ser humano. Primeiro estuda o detalhe científico, depois vem a Filosofia, que interpreta o fato biológico. Se alguém só  estuda Biologia não vê na pessoa  um ser humano mas sua parte material, e o homem não é só  matéria, possui espiritualidade”.

Por isso, acrescentou que “a Biologia e a Filosofia estão conectadas e não podem se separar; se o fizer, tem um problema. Inclusive se estudar só  o imaterial filosoficamente não vai chegar  a nada”.
 
“Com a filosofia aprendi a raciocinar”

Após falar sobre esta relação, o príncipe Félix também se abriu e de  seu âmbito pessoal explicou o caminho que o levou a encontrar esta senda. “Antes não  dava importância à Filosofia. De fato, se alguém me tivesse dito há alguns anos que ia   estudá-la teria me acabado de rir. Não entendia o conceito ao que se referia o termo filosofia mas desde que comecei a estudá-la,  me abriram os olhos e meu horizonte. Aprendi a raciocinar, a pensar de outra maneira completamente distinta e a debater”.

E com isso mudou seu estilo de vida também. “Há quatro anos me encontrava trabalhando para uma empresa de gestão de eventos, um trabalho estupendo, mas ainda não sabia o que fazer com minha vida, não era  suficientemente maduro”, contava.

No relato de sua vida, o jovem príncipe afirmava que “minhas prioridades, a princípio se dirigiam a ganhar um salário para ser independente e esse pensamento  levou adiante o que eu realmente desejava fazer para ser feliz. Percebi quatro anos depois de começar a trabalhar e comecei a fazer-me perguntas com maior profundidade. O amadurecimento necessário para tomar a decisão de estudar Bioética chegou bastante tarde, quando tinha 25 anos. Nesse momento percebi que, na realidade, queria algo mais em minha vida do que trabalhar na gestão de eventos”.

Seu carinho ao Papa e seu casamento

Esta é a história de um jovem que apesar de seus títulos e ascendência não deixa de pensar e planejar  coisas que nem o dinheiro nem o poder podem dar. Como, apesar de sua situação é uma pessoa que se  mantém simples. No próximo mês de setembro se casará com uma jovem alemã, seu par  desde o instituto e que também quis estudar Bioética.

A catolicidade da família real luxemburguesa é conhecida mas Félix  destacou nos últimos meses por querer acompanhar  seus pais ao Vaticano. A renúncia de Bento XVI e a escolha de Francisco   levou a Roma uma multidão de chefes de Governo e de Estado. Junto a seus pais e seu irmão mais velho, o príncipe quis  despedir de Bento mesmo que a surpresa fosse maior quando também quis  estar presente no início do Pontificado do Papa Francisco. Pois em Roma, Félix encontrou seu caminho.



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