actualidadyanalisis.blogspot.com.br
TIME, o ebola e a morte como espetáculo
Publicado por Jorge Enrique Mújica, LC
A revista TIME fez sua tradicional capa do ano (pessoa do ano 2014) para quem se entregou na luta contra o ebola e, sobretudo, para quem atendeu aos enfermos. No artigo principal da edição americana há referências a esses heróis que não só nos casos do ebola entregam sua vida dia a dia sem esperar nada em troca: homens e mulheres de fé entre os quais se contam milhares de missionários, sacerdotes e freiras católicas.
O ebola foi uma epidemia em 2014. Tem sido sobretudo a Igreja católica e algumas ONG as que tem desdobrado sua força para tratar de contrapor os efeitos e a difusão do vírus. No caso das freiras e missionários católicos a ajuda sanitária vai aparelhada na proximidade da fé.
Portanto, naturalmente estou completamente de acordo com esta capa que reconhece, em definitivo, a capacidade da entrega humana. A que vem então o fato da morte como espetáculo? Graças a 'The Objetive' vi uma foto de cidadãos de Serra Leoa (país duramente golpeado pelo ebola) fotografando o cadáver de um homem aparentemente jovem morto em plena rua por causa do vírus do qual estamos falando. É verdade que já não se pode fazer algo por um morto mas fotografá-lo e depois colocar nas redes sociais é o que se pode ou deve fazer?
Foto de Baz Ratner para Reuters.
E a foto me fez pensar nessa outra da menina morrendo também por causa do ebola no chão de um hospital africano...
Foto de Samuel Aranda para o New York Times.
Escusado será dizer que todos ficam indignados nas redes sociais em situações semelhantes. Só os religiosos católicos e alguns outros voluntários são movidos a não comentar nos meios que talvez nem usem, mas no calor humano das pessoas que talvez a última coisa que vão receber é uma amostra de carinho antes de ir-se deste mundo.
http://actualidadyanalisis.blogspot.com.br/2014/12/time-el-ebola-y-la-muerte-como.html
TIME, o ebola e a morte como espetáculo
Publicado por Jorge Enrique Mújica, LC
A revista TIME fez sua tradicional capa do ano (pessoa do ano 2014) para quem se entregou na luta contra o ebola e, sobretudo, para quem atendeu aos enfermos. No artigo principal da edição americana há referências a esses heróis que não só nos casos do ebola entregam sua vida dia a dia sem esperar nada em troca: homens e mulheres de fé entre os quais se contam milhares de missionários, sacerdotes e freiras católicas.
O ebola foi uma epidemia em 2014. Tem sido sobretudo a Igreja católica e algumas ONG as que tem desdobrado sua força para tratar de contrapor os efeitos e a difusão do vírus. No caso das freiras e missionários católicos a ajuda sanitária vai aparelhada na proximidade da fé.
Portanto, naturalmente estou completamente de acordo com esta capa que reconhece, em definitivo, a capacidade da entrega humana. A que vem então o fato da morte como espetáculo? Graças a 'The Objetive' vi uma foto de cidadãos de Serra Leoa (país duramente golpeado pelo ebola) fotografando o cadáver de um homem aparentemente jovem morto em plena rua por causa do vírus do qual estamos falando. É verdade que já não se pode fazer algo por um morto mas fotografá-lo e depois colocar nas redes sociais é o que se pode ou deve fazer?
Foto de Baz Ratner para Reuters.
E a foto me fez pensar nessa outra da menina morrendo também por causa do ebola no chão de um hospital africano...
Foto de Samuel Aranda para o New York Times.
Escusado será dizer que todos ficam indignados nas redes sociais em situações semelhantes. Só os religiosos católicos e alguns outros voluntários são movidos a não comentar nos meios que talvez nem usem, mas no calor humano das pessoas que talvez a última coisa que vão receber é uma amostra de carinho antes de ir-se deste mundo.
http://actualidadyanalisis.blogspot.com.br/2014/12/time-el-ebola-y-la-muerte-como.html