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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Na secularizada e cínica China, o professor Wu aposta por Santo Agostinho, São Tomás, fé e razão.

ReligionenLibertad.com

A racionalidade da fé, na Universidade de Pequim
Na secularizada e cínica China, o professor Wu aposta por Santo Agostinho, São Tomás, fé e razão.
En la secularizada y cínica China, el profesor Wu apuesta por San Agustín, Santo Tomás, fe y razón

Tiuenyue Wu explicou no Meeting de Rimini como Tomás de Aquino e Santo Agostinho aproximam fé e razão aos estudantes chineses.

Tempi.it - 27 agosto 2013 - religionenlibertad.com

Como cada verão, em Rimini, Itália, se congregaram muitos milhares de pessoas atraídas pelas atividades deste encontro anual que organiza o movimento católico Comunhão e Libertação. Encheram o Auditorium para escutar a Tianyue Wu, docente de filosofia na mais prestigiada universidade chinesa, a Universidade de Pequim. Tempi.it o recolhe assim.  

Família católica, mas ele não tinha fé
«Procedo de uma família de tradição católica, mas foi difícil para mim abraçar a religião», conta no Auditorium do Meeting de Rimini Tianyue Wu, docente de filosofia na mais prestigiada universidade chinesa, a Universidade de Pequim.  

«No colégio nos ensinavam que as religiões são somente superstições, monstros que pertencem a um passado morto e enterrado», explica Tianyue Wu.

Uma sociedade de cinismo e utilitarismo
«A sociedade chinesa é uma sociedade totalmente secularizada, em  que está vigente o lema “Carpe diem” e os chineses, devido ao grande crescimento econômico unido a um empobrecimento espiritual,  assumiram uma atitude cínica e utilitarista».

Em um país onde já os primeiros missionários tiveram dificuldade para «introduzir a ideia de um Deus transcendente entre gente convencida de que só  existe a vida na terra e nada mais», Tianyue explica como o «governo comunista piorou a situação, assumindo o ateísmo como parte essencial de sua ideologia, expulsando os missionários, fechando igrejas e impedindo os sacerdotes que ficaram no exercício de sua função».

Apesar da mudança que teve  lugar após a morte de Mao e a reabertura das igrejas «o clima na China seguiu sendo hostil à religião. Isto representa para um crente, por uma parte, uma dificuldade e, por outra, uma vantagem, porque obriga a interrogar-se sobre as razões da própria fé e a ter uma profunda consciência de si mesmo».

Morreu o avó...e escutou as orações
Tianyue, que «cresceu cantando a Internacional» enquanto seus pais tentavam transmitir essa fé «que eu não conseguia entender», mudou há 14 anos «quando morreu meu avô e eu, na igreja, ouvi os cantos e as orações dos fiéis. Finalmente entendi essas palavras e senti a profunda tranquilidade que só  Deus, que está sempre comigo, podia dar-me».

Após ter devorado todos os livros cristãos que podia encontrar na pequena cidade em  que havia nascido, próximo à metrópole de Guangzhou, Tianyue decidiu inscrever-se em filosofia, «apesar de que a tradição de minha família me empurrava para a medicina: mas eu pensava que curar as almas era tão importante como curar o corpo».

Filosofia medieval, católica... para chineses
Convertido já em docente de filosofia antiga e medieval da Universidade de Pequim, Tianyue começou a propor aos seus estudantes um argumento insólito para os chineses: «Dava cursos sobre São Tomás, Santo Agostinho e Aristóteles. Mas seu pensamento e suas argumentações racionais distam muito da tradição filosófica chinesa».

Não foi uma casualidade que os primeiros anos se apresentaram pouquíssimos estudantes em seus cursos. Porém se Tianyue insistiu foi por causa de uma ideia muito concreta: «Creio que a razão e o pensamento racional, em uma sociedade secularizada como é a sociedade chinesa, representam a melhor maneira de aproximar-se da fé. Se tivesse abandonado, utilizando argumentos mais da moda, não teria dado a possibilidade aos meus estudantes de descobrir quão unidas estão a fé e a razão. E hoje são muitos os que frequentam meus cursos».

"Não escondo de ninguém minha fé"
E assim, mediante a filosofia, Tianyue leva hoje seu «testemunho de católico à sociedade»: «Não sou tão ingênuo como para pensar que um enfoque teórico possa fazer que uma pessoa creia», explica diante de umas duas mil pessoas, «mas a muito entusiasta insistência protestante não me convence. Não escondo de ninguém minha fé, mas não quero obrigar a abraçá-la».

«Estou convencido de que mostrando a racionalidade da fé, também mediante a leitura da Suma teológica de São Tomás, lançou uma semente ao coração de meus estudantes que lhes ajudará a enfrentar-se em uma época secularizada como a nossa, tão cheia de desafios».

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