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domingo, 7 de outubro de 2012

Fala o padre Amorth, exorcista de Roma :«O demônio se descontrola de raiva quando coloco algo que reflete a presença da Virgem»


ReligionenLibertad.com 



Fala o padre Amorth, exorcista de Roma :«O demônio se descontrola de raiva quando coloco algo que reflete a presença da Virgem»



Os mais de 50.000 exorcismos que  realizei lhe convertem no mayor especialista na matéria. Nos seus 87 anos, o padre Gabrielle Amorth, exorcista da diocese de Roma, alerta sobre a importância de que em cada diocese tenha um exorcista.


Jesus Garcia / ReL -  26 setembro 2012 - religionenlibertad.com  


Numa manhã de 1985, o cardeal Ugo Poletti, vigário de João Paulo II como bispo de Roma, chamou un sacerdote paulino nascido em 1925, o padre Gabrielle Amorth, para encomendar-lhe para uma missão: ser o exorcista da diocese de Roma. 

Nestes vinte sete anos, o padre Amorth reconhece ter realizado mais de cinquenta mil exorcismos. Portanto, ninguém melhor que ele em todo o mundo para explicar que este ritual de exorcismo, em um momento em que, na prática, está esquecido inclusive no seio da Igreja.

-Padre Amorth, o que é um exorcismo?
-O exorcismo é uma oração pública da Igreja que se faz com a autoridade da Igreja, porque a faz um sacerdote designado pelo bispo; é uma oração de libertação do demônio, de sua influência maligna ou do mal provocado por ele.

-Na atualidade há muito poucos exorcistas, Não são necessários?
-Durante trezentos anos a Igreja abandonou os exorcismos. Os motivos são diversos e os explico no livro 'Fala um exorcista'. No entanto, em cada diocese deve haver um no mínimo! Mas como vai ter, se as pessoas não creem no Demônio, inclusive pessoas de Igreja, como sacerdotes e bispos? É necessário saber que o bispo que não proporciona a ajuda espiritual necessária para um fiel com um problema demoníaco está pecando gravemente.

-Por que permite Deus uma possessão um mal demoníaco?
-Há gente que tratei que vai à missa, reza e faz jejum. Eu lhes pergunto: “Se não estivesses possuído, o farías?”. E me respondem que não. Também, pergunto aos demônios enquanto faço este exorcismo: “Por que teimas em ficar? E me dizem: “Não posso ir-me porque Deus não me permite. Se me fosse desta pessoa, ela se afastaria dos sacramentos, e estando assim, vai a Deus e é fervorosa sua oração”. Depois é possível que para essas pessoas, essa cruz seja necessária para sua salvação e a dos que compartilham essa cruz com ela: seu entorno, sua familia e seus amigos.

Jejum e oração
-No Evangelho, Jesus disse que alguns demônios só se vão com jejum e oração, mas existem casos em que o exorcismo dura muitos nos, ou que não chega a produzir nunca essa libertação, ainda que se recorra ao jejum e a oração. Por que?
-Há ocasiões em que o Senhor permite um caso de possessão em que a pessoa não chega a se libertar nunca. Eu os tratei. O Senhor convida a ir ao jejum e à oração para expulsar certo tipo de demônios, porque há vários. Igual aos anjos com diferentes funções e missões, com os caídos acontece o mesmo, pois também são anjos. Mas como digo, em ocasiões nada funciona, já que Deus o permite para a salvação de muitas almas, não só da pessoa possuída, embora não seja normal.

-Outra coisa incompreensível é como pode comungar um possuído e que não se dê sua libertação, sendo como é a Sagrada Comunhão o corpo vivo de Cristo. Acaso não nos há dito a Igreja que o demônio foge de Cristo como da peste?
-Está certo. Não se afasta o demônio quando a pessoa comunga. Ele fica ali quieto, mesmo que suponho tremendamente incômodo. Às vezes, durante um exorcismo, coloco sobre a cabeça do possuído uma hóstia consagrada e pergunto: “Sabes o que tens aí?”.E responde: “Sim, está Ele”, e fica imperturbável. 

No entanto, descobri algo curiosíssimo: o demônio se descontrola de raiva desesperada quando coloco algo que reflete a presença da Virgem, como um escapuário, ou e rezo orações da Virgem. Ele tem à Maria um ódio impressionante! Então se se revolve, não o pode suportar. Foge como da peste!

-Por que?
-Porque se sente profundamente humilhado. Ele se sente obrigado a fincar o joelho diante de uma mulher, a Mãe de Cristo... Ah! Não pode com isso. As orações à Virgem durante um exorcismo são extraordinariamente poderosas a meu favor...

Também ocorre com as relíquias que pertenceram a alguns santos. Eu as utilizo com muita frequência, porque não as pode suportar. Geralmente ‘sai’ espavorido pela mesma razão: a humilhação da obediência à que lhe obriga Nosso Senhor, que lhe induz a dobrar-se diante de um homem, não diante de um anjo ou diante de Deus: diante de um homem que foi santo.

Ocorre-me muito com as relíquias que utilizo do padre Pio de Pietrelcina, a quem tenho especial devoção. Sai fugindo diante das orações e das invocações que faço sobre ele. Sabe que o conheci sendo eu muito jovenzinho? Eu puxava-lhe da barba e ele morria de rir! Eu lhe amava, era uma pessoa de uma bondadw hiperbólica, um homem de Deus dos pés à cabeça. Um grande santo de nosso tempo.

Objetos de metal
-Você conta que durante os exorcismos um possuído pode expulsar pela boca objetos de metal, cristal e coisas assim.
-É curioso, ocorre às vezes. Esses objetos não estão dentro da pessoa fisicamente, se materializam na boca, ao ser expulsos. Eu os colhi com minha mão, inclusive lâminas de barbear. Tenho uma caixa enorme cheia destes objetos. Guardo para demonstrar fisicamente o que ocorre durante a expulsão de um demônio. É muito difícil de crer, mas estão aí. 

Uma vez, uma pessoa sobre a qual orava me cuspia todo o tempo e eu esquivava de suas cusparadas como podia. Uma dessas vezes, lhe vi que me ia a cuspir e pus minha mão diante de sua boca. Foi tudo muito rápido, mas colhi no vôo um cravo enorme e estava seco. Não tinha saliva nem nada. Se materializou no momento de sair de sua boca.

-Você conta que uma só sessão de exorcismo pode ser duríssima.
-Necessita-se de uma enorme força psicológica para asistir a um exorcismo e não distrair-se da oração com nada, diga o que diga ou faça o que faça o demônio. A fadiga pode ser muito grande.

-Como nos protegermos para que nunca nos suceda algo assim?
-O melhor remédio contra o demônio é a oração e a confiança na Misericórdia. Com oração e sendo fiéis aos regalos infinitos da Igreja: os Sacramentos. Deus jamais abandona um filho fiel. Protege-o, ama-o com loucura,  mimaó com seus regalos. Não deveis ter medo jamais!

-Você nunca teve medo?
-No mesmo dia que me nomearam exorcista me encomendei à Santíssima Virgem. Pedi-lhe que me revestisse e me protegesse cada dia com seu manto materno. Também, tenho uma profunda devoção ao meu anjo da guarda, ao qual me encomendo cada dia e antes de cada exorcismo. Portanto, creio que é o demônio, pela graça de Deus, quem começa a tremer quando me vê aparecer e começo a rezar.

João Paulo II
-É certo que você exorcizou junto a João Paulo II?
-Conto-lhe uma anedota desse impressionante santo. Estava eu exorcizando uma pobre garota jovem, que levava muitos anos tentando libertar. O exorcismo dessa manhã tinha sido duríssimo e tanto ela como eu estávamos esgotados. Então nós fomos os dois à uma missa que celebrava o Papa na Basílica de São Pedro.

Ela estava tranquila, com uma vontade tremenda de estar na Missa e de ver o Papa. Tudo ia bem até que o Papa entrou na Basílica, com todas aquelas vestimentas, preparado para celebrar. Quando esta garota lhe viu, foi fatal, gritos e convulsões, etc. Estava claro que o demônio não suportava a presença desse homem tão de Cristo. O Papa a olhou cheio de compaixão e deu a ordem de que a afastassem um pouco, pois os gritos que proferia e as palavrões iam ser um estorvo para a celebração.

Quando finalizou a Missa, o Papa se aproximou dela, que seguia com uma inquietude horrorosa. Impôs-lhes as mãs, começou a orar e a garota foi fatal. Assim esteve o Santo Padre um bom tempo, até que se acalmou um pouco. Talvez tenha conseguido expulsar um par de demônios. O caso é que, esgotado, disse ao seu secretário: “Avise o padre Amorth. Que siga ele”. E aí tive que seguir eu, que havia estado antes não sei quantas horas com a pobre desditada sem nenhum fruto. Eu ri: o Papa não sabia.

-Obedeceu-lhe?
-Claro! Eu quis muitíssimo a João Paulo II.

Medjugorje
-Há um elemento muito forte no mundo atual na luta contra o demônio, um fenômeno que o Papa João Paulo II amava muito como  revelou o postulador de sua causa de beatificação, que é o fenômeno de Medjugorje. Que opinião lhe merece?
-Medjugorje é um lugar de grande fortaleza contra Satanás. Nossa Senhora disse em Medjugorje em 14 de abril de 1982: “Deus permitiu que Satanás ponha a prova a Igreja durante um século”, mas acrescentou que não a destruiria: “Este século no qual viveis está debaixo do poder de Satanás, mas quando sejam realizados os secredos que vos  confiei, seu poder se quebrará”.

Estas palavras nos dizem que Satanás está hoje trabalhando, mas por sua vez, também está a Virgem. Aí estão os frutos de Medjugorje. São já mais de 30 anos de bons frutos e o Evangelho é claro sobre como discernir os acontecimentos que sucedem. A árvore se conhece por seus frutos, e os de Medjugorje são tão claros que a mim me dá pena que se ignorem. Inclusive crentes, leigos e consagrados, que sem ter estado sequer ali, já tomaram sua decisão de rechaçá-lo. Mas bem, do pouco que sabemos dos secredos confiados aos videntes de Medjugorje é que quando se realizarem, o dragão será derrotado e o reino da luz triunfará.

-O que recomenda para uma pessoa que quer ir ao céu sem pisar no purgatório e sem saber nada de Satanás?
-Meu filho, eu também quero ir ao céu. Agarra-te aos sacramentos e sobretudo à Virgem Maria. Ela jamais te abandonará.

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