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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Pio XII, corresponsável pelo Holocausto? O filho do escritor judeu Saul Israel desmente. O Papa Pio XII colocou os espaços extra-territoriais do Vaticano a serviço da rede que escondia judeus.

 ReligionenLibertad.com

¿Pío XII, corresponsable del Holocausto? El hijo del escritor judío Saúl Israel lo desmiente
Seu pai se escondeu na Igreja de São João de Latrão, terreno do Vaticano.
Pio XII, corresponsável pelo Holocausto? O filho do escritor judeu Saul Israel  desmente.


O Papa Pio XII colocou os espaços extra-territoriais do Vaticano  a serviço da rede que escondia judeus

Emmanuele Michela / Tempi.it- 24 setembro 2013-religionenlibertad.com

Não é verdade que Pio XII e a Igreja católica não fizeram nada pelos hebreus sob o nazismo e fascismo. Uma carta aparecida na segunda-feira nas colunas do 'L´Osservatore Romano'   testemunha. Está firmada por Saul Israel, hebreu, pai de Giórgio, docente de História das Matemáticas na Universidade 'La Sapienza de Roma'.

O texto, escrito por ocasião de uma comemoração de Pio XII em 1965, narra de maneira concreta a «mão generosamente estendida» de tantos conventos e casas religiosas aos hebreus perseguidos pelos fascistas e nazistas, e cita   Pio XII como organizador desta rede de assistência providencial.

Um judeu grego na Itália fascista
« Encontrei a carta quando estava pondo em ordem alguns documentos que tinha em casa», conta seu filho Giórgio a Tempi.it, recordando a vida de seu pai.
Nascido na Grécia em 1897, Saul chegou a Roma para estudar: «Tinha que se matriculado  em Medicina, com o projeto de voltar depois a sua pátria para trabalhar. Mas não voltou a Tessalônica porque o bairro hebreu foi incendiado».

Teve uma vida difícil na capital, entre a instauração do fascismo e a campanha das leis raciais: teve que renunciar a seu trabalho na universidade, a sua profissão de médico e, mais tarde, viu como grande parte de sua família foi deportada.

Dos conventos a São João de Latrão
Saul conseguiu escapar aos registros: primeiro se escondeu com alguns familiares, depois foi hospedado por algumas ordens religiosas, com as quais tinha entrado em contato graças a seu amigo Ernesto Buonaiuti: encontrou refúgio no Convento de Santo Antônio na Via Merulana, mas  teve que ir dali devido a proximidade do comando nazista de Via Tasso.

Foi transferido para São João de Latrão [que era e é território do Vaticano, sob autoridade papal, onde não podiam entrar as autoridades italianas nem alemãs].

«No projeto– continua Giórgio – recorda todas as pessoas que  ofereceram assistência a ele e faz uma referência direta a Pio XII. A coisa tem muito valor: meu pai era uma pessoa que dizia as cosas abertamente, e sobre as questões do anti-judaísmo católico teve muitas polêmicas.
Alguém pode pensar o que quiser do Papa Pacelli, mas a campanha segundo a qual o Pontífice teria sido corresponsável pela Shoah é absolutamente falsa. Por este motivo eu quis publicar esta carta».

As lágrimas do mártir
Saul Israel era médico, mas amava escrever, e em sua juventude  recebeu uma educação hebreia muito forte: profundas são as palavras com  que, em um segundo escrito aparecido no L´Osservatore Romano em 2009, conta a «consanguinidade» entre hebreus e cristãos.

Então Saul foi hóspede dos monges durante a perseguição e a lembrança das festividades hebreias transcorridas em família se sobrepõe com as orações dos franciscanos que chegam a seus ouvidos.

« Inclusive esse crucifixo do qual podia divisar as linhas por  cima da cama, se confundia intimamente com todas aquelas imagens (…)», escreve Saul.

« Talvez fosse a presença dessa Bíblia escrita com caracteres cuja forma estava direta e naturalmente associada à oração, a minha oração, tão similar no tom e na inflexão da dos monges. (…)

Eu lhe rogo, junto às almas de tantos inocentes torturados por causa de sua fé, em uma consanguinidade que supera a da carne, sob as asas da oração, dessa oração que a voz  da avó morta Esmeralda me faz chegar, hoje, de  longe (…).

Que o Senhor nos abençoe e nos proteja a todos, sob as asas onde a vida não teve início e não terá nunca fim; onde as lágrimas do mártir  umedecem também os olhos do opressor».

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GIORGIO ISRAEL

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