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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cora Evans, a mórmon que se converteu ao catolicismo poderá ser beatificada.


ReligionenLibertad.com

Promoveu a «humanidade mística» de Cristo

Cora Evans, a mórmon que se converteu ao catolicismo poderá ser beatificada

Seu marido, seus dois filhos, numerosos familiares e amigos a seguiram em seu caminho para a Igreja Católica.

 C.L. / ReL - 22 agosto 2012 - religionenlibertad.com

As aspirações de Mitt Romney à Casa Branca, respaldadas pelas pesquisas que o situam muito perto de Barack Obama nas intenções de voto, não seviram ressentidas por sua condição de mórmon. Seria, com efeito, o primeiro presidente membro da Igreja dos Santos dos Últimos Dias, fundada pelo jovem Joe Smith em 1820 e que goza de especial relevância no estado de Utah.

Curiosamente, em 29 de março, quando as primárias republicanas começavam a revelar Romney como o candidato com melhores expectativas à nomeação (que disputou até o final o católico Rick Santorum), a Congregação para as Causas dos Santos remetia uma carta ao bispo de Monterrey (Califórnia), Richard Garcia, autorizando a abertura de uma investigação para determinar as virtudes heróicas de Cora Evans, uma mórmon convertida ao catolicismo em 1935 e que assegurou ter tido em 1946 uma visão na qual Jesus a impulsionou a difundir a devoção à sua "humanidade mística".

Dez anos de busca
Cora nasceu em 1904 e morreu em 1957. Havia rechaçado o mormonismo em 1924 quando ao casou-se com seu marido e descubriu os rituais secretos do matrimônio mórmon no templo de Salt Lake City, capital de Utah. Nesse momento lhe decepcionaram os ensinamentos sobre o Deus de sua comunidade, e empreendeu uma busca da verdadeira religião que durou dez anos, e onde à princípio não contava o catolicismo, pelo qual sentia uma grande aversão.


Cora Evans. Porém o momento chave chegou em 9 de dezembro de 1934. Naquele dia o dial de seu rádio se encontrava sobre uma estação católica californiana, e ela estava de cama, enferma e sem forças para mudar de emissora. O que ouviu pelas ondas do rádio nessa manhã não tinha nada a ver com o que tinham ensinado sobre a Igreja Católica, então quando se levantou foi à paróquia mais próxima que era a de São José para se informar.

Foi assim como descobriu a verdade que andava buscando, e em 20 de março de 1935 se batizou junto com seus dois filhos em Odgen (Utah). Mack, seu marido, o fez pouco depois, e com o passar do tempo muitos familiares e amigos mórmons a imitaram.

"Cora amava os mórmons, se considerava herança deles. Queria que conhecessem a Jesus e comungassem. Rezava muito pelos mórmons", afirmou em março Mike McDevitt, diretor de sua causa de beatificação, ao diário 'Catholic San Francisco'.

As visões
Em 24 de dezembro de 1946, Cora Evans recebeu uma visão. Jesus lhe apareceu para pedir que impulsionasse a devoção à "humanidade mística de Cristo" ou "morada divina ", segundo a qual Cristo está sempre entre nós e devemos comportar-nos sempre como se estivesse presente, uma espiritualidade muito centrada também na Santa Missa.

O processo aberto deve agora determinar a realidade desta visão. Disso se encarregará o sacerdote Joseph Grimaldi, a quem monsenhor Garcia  designou como postulador da causa a nível diocesano. Cora deixou abundantes escritos onde relatava suas visões (aquela não foi a única, mas recebeu também algumas aparições de santos). Segundo o padre Grimaldi, já foram examinados por um teólogo sem encontrar erros, ainda se realizarão novos estudos, como em qualquer processo desta natureza.

Segundo Grimaldi, um canonista com experiência que já participou da investigação do milagre de canonização do Padre Damião (São Damião de Molokai), o caso de Cora Evans "parece muito esperançoso, apesar dela ser relativamente desconhecida".

"Se a conhece particularmente por sua espiritualidade", continua Grimaldi: "Poderia ser um bom exemplo de alguém casado que levou uma vida muito boa e muito santa fazendo as coisas ordinárias de forma extraordinária", ainda segundoinformações também padeceu os estigmas da Paixão.

Uma das causas da esperança de que o processo chegue a bom termo é que os mais de oitenta retiros que  pregou McDevitt sobre a "mística humanidade de Cristo" estão sendo, según Grimaldi "muito bem recebidos".


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Michael Huston com o Padre Marc Lindeijer, SJ, Assistente Postulador Geral da Companhia de Jesus.



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