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Caminhada para o Céu

quinta-feira, 13 de março de 2014

A Igreja aprovou as aparições em Ruanda (2)Maria advertiu os videntes que se o povo ruandês não se convertesse e afastasse do pecado, o ódio e a corrupção, um massacre ia açoitar a Nação.

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A Igreja aprovou as aparições em Ruanda (2)

Juan Garcia Inza-2 dezembro 2013-religionenlibertad.com

ALGUNS ACONTECIMENTOS ESPECIAIS

Desde o começo das aparições se produziram conversões, reuniões de oração, peregrinações, curas e fenômenos fora do normal.

Em 16 de janeiro a Virgem convidou  Alphonsine para caminhar com ela por um campo de flores dando a ela possibilidade de tocar as várias espécies de flores. As pessoas presentes durante a aparição recordam que Alphonsine passava entre elas tocando a cabeça de cada um, de modo que o campo de flores era simplesmente um símbolo para impor as mãos, dar a mensagem de Maria e conseguir a conversão. Maria lhe disse: “Estas flores virão robustas e belíssimas se se lhes der água suficiente”.

Em uma ocasião os peregrinos pediram que a Virgem abençoasse seus Rosários. Então Alphonsine os mostrava a Maria. Alphonsine, que não sabia de quem era cada rosário; apresentava um rosário a Maria, se o Rosário fosse de uma pessoa com Fé suficiente  a vidente dizia uma Ave Maria e a virgem estendia a mão para abençoá-lo, mas quando o Rosário pertencia a uma pessoa com pouca fé, Alphonsine não podia articular bem a prece nem levantar bem o braço para pedir a bênção da Mãe, e esta fazia um gesto de desaprovação segundo a vidente. Mais tarde, quando se fez tal  quantidade de Rosários  que Alphonsine tinha no braço  para apresentar   um a um, os Rosários das pessoas de pouca fé caíam no chão.

Em outra oportunidade os peregrinos viram a dança do sol como em Fátima.

A ADVERTÊNCIA SOBRE O MASSACRE

Em 19 de agosto de 1982 foi um dia muito especial, a Virgem   apareceu às jovens e todas a veem muito triste e sumamente contrariada. Ela chora e as videntes choram com Ela, tremem. Mais de uma vez se  vê caírem pesadamente.

As aparições duraram, ininterruptamente, mais de oito horas. Ela lhes mostrava imagens aterradoras do futuro: pessoas que se matavam entre elas, terríveis batalhas, rios de sangue, cadáveres abandonados, insepultos, um abismo aberto, uma árvore toda de fogo, corpos decapitados. Nesse dia havia 20.000 pessoas presentes. Na multidão ficou uma forte impressão de medo, de pânico, de tristeza.

Maria advertiu os videntes que se o povo ruandês não se convertesse e afastasse  do pecado, o ódio e a corrupção, um massacre ia  açoitar a Nação.

Tudo isto ocorreu muitos anos antes do massacre de 1994, e inclusive se escreveram livros e filmaram documentários referidos a estas visões arrepiantes, antes  que a realidade confirmasse as profecias que o Céu realizou ali.



O MASSACRE

Quando em 6 de abril de 1994, Habyarimana (presidente de Ruanda) e o presidente de Burundi faleceram em um acidente aéreo (não de tudo livre de suspeitas de ser um atentado), a violência recrudesceu entre os Tutsis e os Hutus. Desatou-se então um  dos maiores massacres da história da humanidade em Ruanda. Doze anos depois da advertência de Maria.

Nos  anos seguintes, se lê que foram exterminadas mais de um milhão de pessoas, incluindo 3 bispos, 123 sacerdotes e mais de 300 religiosos, centenas foram queimados vivos em Butare, cidade próxima a Kibeho; mais de dois milhões (um terço da população) fugiu para o Zaire, e a cólera e a malária fizeram estragos nos campos de refugiados.

Milhares de cadáveres jaziam sem sepultura em toda  parte, muitos deles decapitados; centenas de cadáveres foram atirados no rio Kagera ensanguentando suas águas.

Em Kibeho foram massacrados 10.000 Tutsis que se tinham refugiado na Igreja paroquial, e um ano depois outros 8.000 foram assassinados na praça em que as videntes tiveram a visão do  massacre.

Não se sabe o paradeiro de todos os videntes. Dizem que a família de Alphonsine foi assassinada e ela pôde se refugiar  no Zaire. Pensa-se que Marie Clarie, Emanuel e outros videntes foram assassinados.

A Igreja Católica foi perseguida a partir de então, diminuindo em grande medida o índice de católicos no país.


O RECONHECIMENTO DA IGREJA

  Em 1982, o bispo nomeou uma comissão médica e depois uma teológica, mantendo uma postura favorável para os acontecimentos.

Em 15 de agosto de 1988, o bispo Jean Baptiste Gahamanyi aprovou a devoção pública, mediante a dedicação do Santuário de Kibeho a “Nossa Senhora das Dores”.

Finalmente as aparições foram aprovadas em junho de 2001. Na   “Declaração sobre o julgamento definitivo das aparições de Kibeho”, dada a conhecer em 29 de junho pela Sala de Imprensa da Santa Sé, o bispo de Gikongoro, Augustin Misago, declarou críveis as afirmações de ao menos três dos sete videntes: Alphonsine Mumureke, Nathalie Mukamazimpaka e Marie Claire Mukangango, que asseguraram ter visto a Virgem. Disse o bispo Misago: “Sim, a Virgem Maria  apareceu em Kibeho no dia 28 de novembro de 1981 e no decurso de seis meses. "

 No entanto, o bispo ruandês esclareceu que não pôde afirmar a veracidade de todas as pessoas que dizem ter recebido aparições.

Segundo sua declaração, “ correspondeu satisfatoriamente a todos os critérios estabelecidos pela Igreja em matéria de aparições e revelações privadas”.

“Pelo contrário, a evolução dos presumíveis videntes sucessivos [outras quatro pessoas], sobretudo após acabar suas aparições, deixa ver situações pessoais inquietantes, que  reforçaram as reservas já existentes a respeito deles”.

O Vaticano publicou a declaração do Arcebispo Misago em 29 de junho de 2001, o qual é um sinal do apoio da Santa Sé às aparições de Kibeho.

A Igreja de Ruanda aprovou a aparição em meio de uma perseguição iniciada pelo governo local contra a Igreja. Em maio de 2001 o bispo Monsenhor Misago (que reconheceu as aparições) foi encarcerado pelo governo ruandês, acusado de ter participado no massacre de 1994.

Em 2003, o então prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos –o cardeal Crescenzio Sepe- consagrou no lugar das aparições o Santuário Mariano dedicado a Nossa Senhora das Dores em Kibeho, e manifestou sua esperança de que o ponto de peregrinação se transformasse num lugar em que nascesse um povo ruandês renovado na fé e no perdão.

  
Juan Garcia Inza, é autor, editor e responsável pelo Blog 'Uma alma para o mundo', alojado no espaço da web de www.religionenlibertad.com

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