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Caminhada para o Céu

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A amizade, o amor, a felicidade e o serviço aos demais, são realidades muito vinculadas.






Historias Urbanas - Servir aos demais
 
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Numa noite de tormenta, já faz muitos anos, um casal  de certa idade entrou na recepção de um pequeno hotel na Filadelfia. Aproximaram do gerente e perguntaram: "Pode dar-nos um quarto?".

O empregado, um homem atento e de movimentos rápidos, lhes disse: "Eu sinto de verdade, mas hoje se realizam três convenções simultâneas na cidade. Todas nossos quartos e os dos demais hotéis pertos estão ocupados”. O casal manifestou discretamente seu desgosto, pois era difícil que a essa hora e com esse tempo tão horroroso pudessem encontrar onde passar a noite.

O empregado então lhes disse: "Olhem..., não posso deixar-lhes ir por causa  deste aguaceiro. Se vocês aceitarem o incômodo, posso oferecer-lhes meu próprio quarto. Eu me arranjarei com o sofá da oficina, pois tenho que estar toda a noite atento independente do que passe”.

O casal rechaçou o oferecimento, pois lhes parecia abusar da cortesia daquele homem. Porém o empregado insistiu com cordialidade e finalmente ocuparam seu quarto. Na manhã seguinte, ao pagar a estadia, aquele homem disse ao empregado: "Você é o tipo de gerente que eu teria em meu próprio hotel. Quem sabe algum dia construa um para devolver-lhe o favor que hoje nos fizeste". Ele tomou a frase como um cumprimento e se despediram amistosamente.

Passados dois anos, recebeu uma carta daquele homem, onde lhe recordava o acontecido e lhe enviava um bilhete de ida e volta a Nova York, com o pedido expresso de que por favor atendesse. Com certa curiosidade, aceitou o oferecimento. Depois de uma breve corrida, o homem lhe conduziu até a esquina da Quinta Avenida e na rua 34, mostrou um imponente edifício com fachada de pedra avermelhada  e lhe disse: "Este é o hotel que estou construindo para você". O empregado o olhou com assombro: "É uma piada, verdade?". "Posso assegurar-le que não",  contestou.

Assim foi como William Waldorf Astor construiu o Waldorf Astoria original e contratou  seu primeiro gerente, de nome George C. Boldt.

É evidente que Boldt não podia imaginar que sua vida estava mudando para sempre quando teve a delicadeza de atender cortesmente o velho Waldorf Astor naquela noite tormentosa na Filadélfia. Porém o sucedido é uma amostra de como servir aos demais é algo que sempre tem um bom retorno, sobretudo quando  não o busca nem o espera.

A amizade, o amor, a felicidade e o serviço aos demais, são realidades muito vinculadas. Ninguém pode assegurar-nos a felicidade, mas o que a cada um corresponde é procurar merecê-la. A felicidade é como o prêmio da virtude. Por isso dizia Platão que “se o semblante da virtude pudesse ver-se, enamoraria a todos”.

Melhorar em nossa própria virtude —e ser portanto pessoas mais sinceras, leais, generosas, pacientes ou trabalhadoras—, não deve ser um empenho narcisista, nem uma busca ansiosa da própria excelência que acaba em uma obstinação egoísta e ridícula. A melhora pessoal não se alcança quando se considera um fim em si mesma, mas quando nos pressiona à necessidade de tratar bem as pessoas.

Habituar-se a pensar nos demais e a prestar-lhes ajuda, sem servilismos, é uma boa forma de superar esse sentimentalismo bobo que inicialmente exala generosidade mas logo se fecha atrás, sempre com muitos razoáveis motivos, quando chega o momento diário da verdade.

À medida que as pessoas adquirem o amadurecimento e a liberdade necessárias para superar os imperativos do egoísmo, se abre espaço para esse critério de serviço que enche  a vida de interesse e de alegria espontâneas. Temperar o próprio eu, com seus desejos e suas misérias, purifica o espírito de muitos pequenos motivos de tristeza que nascem do excessivo apego e preocupação por si mesmo.

Fonte: www.aciprensa.com

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